O deputado João Paulo Cunha (PT-SP) condenou nesta quinta-feira (29)as tentativas de setores da mídia de desqualificar a atividade política no Brasil, durante a discussão do projeto de lei complementar 518/09, conhecido como Ficha Limpa. João Paulo declarou voto favorável à proposta, mas afirmou que o debate em torno da matéria foi carregado de “equívocos”. O projeto, fruto de iniciativa popular, deverá ser apreciado pelo Plenário, em regime de urgência, na próxima terça-feira (4).
“Votarei a favor do ficha limpa por coerência e convicções políticas, apesar de considerar que o debate sobre o projeto foi eivado de equívocos. A defesa da ética, da transparência e da moralidade no trato com a coisa pública sempre fez parte da trajetória do meu mandato, de minha luta e da história do partido ao qual pertenço, o Partido dos Trabalhadores”, disse João Paulo.
Os equívocos na discussão da proposta, segundo o petista, foram alimentados por setores da mídia, em uma tentativa desenfreada de ilegitimar a atividade política no país.
“Na base da democracia está a soberania popular e a consagração dos direitos. A plenitude do Estado de Direito, como prevê a nossa Constituição, estabelece a presunção da inocência e o devido processo legal. Ancorados em uma postura de falso moralismo, setores da mídia e da disputa política usam o projeto para desprestigiar a atividade política no Brasil. Essa visão ganha um viés autoritário ao tentar judicializar a política”, disse.
Reforma política – Apesar dos méritos do projeto, a solução definitiva para as distorções ocorridas na política brasileira, segundo o petista, só serão superadas com a reforma política. “Pela qualificação do processo eleitoral e da ação política no Brasil, continuaremos a defender a reforma política como a real alternativa para qualificar a representação e a gestão pública em nosso paí”, finalizou.
Edmilson Freitas
