Guimarães cobra empenho de governadores para acelerar ações de combate à seca

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Foto: Gustavo Bezerra
 
O plenário da Câmara se transforma em comissão geral nesta quarta-feira (8), a partir de 9h30, para discutir a seca no país. Na avaliação do líder da bancada do PT, José Guimarães (CE), um dos autores do debate, “a comissão geral não deve se transformar em palco para disputa eleitoral,  já que a seca é um tema de interesse de todo o país e não apenas do Nordeste”.  De acordo com o líder, o Nordeste foi “abandonado à própria sorte no governo tucano e apresenta uma taxa de crescimento acima da média nacional no governo do PT”. Guimarães defendeu o maior comprometimento  dos governadores nordestinos para que as ações do governo federal sejam concretizadas em prol do semiárido brasileiro.
 
O líder do PT destacou ainda as medidas anunciadas pela presidenta Dilma, no início do mês, em Fortaleza (CE) para contemplar a região. “A presidenta anunciou investimentos de R$ 9 bilhões para o enfrentamento imediato dos efeitos da seca; a distribuição de 340 mil toneladas de milho, nos meses de abril e maio, para garantir segurança alimentar do rebanho no semiárido; a entrega de equipamentos como retroescavadeira, caminhão-caçamba, entre outros, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) para 1.415 municípios afetados pela seca; a ampliação dos sistemas de abastecimento de água que beneficiam os municípios e os estados da região nordestina  e mais crédito para o Banco do Nordeste”, afirmou o líder petista.  
 
Segundo o coordenador da Bancada do Nordeste, deputado Pedro Eugênio (PT-PE), o colegiado vem acompanhando as ações do governo Dilma nos estados e municípios atingidos pela seca.  “Ao discutirmos o tema, em uma comissão geral, teremos a oportunidade de aprofundar a análise sobre o modo de produção do semiárido nordestino pós-seca, já que o modelo atual é vulnerável”, disse Pedro Eugênio. 
 
“O governo do PT tem anunciado medidas importantes como a prorrogação do Garantia Safra e do Bolsa Estiagem; a ampliação de linhas de crédito; a renegociação das dívidas dos agricultores da região, enfim, a oferta de água, através de barragens, adutoras e estações elevatórias”, afirmou o deputado
Afonso Florence (PT-BA). Ele destacou que é preciso “investir no zoneamento agrícola, na pesquisa e na disponibilidade de mudas e sementes de culturas nativas e exóticas devido à estiagem prolongada e atualizar o papel da Embrapa, do Dnocs e de outros órgãos federais”.
 
O deputado Zezéu Ribeiro (PT-BA) ressaltou “os efeitos nocivos” da longa estiagem que desestrutura a economia na região. “Além das medidas emergenciais para a garantia da vida no semiárido, precisamos intensificar as medidas estruturantes para recompor o rebanho, as plantações permanentes que, com a seca, demoram de 4 a 6 anos para entrar no processo produtivo, além de um sistema permanente de abastecimento de água”, ponderou o deputado. Segundo Zezéu com o curso d’água do rio São Francisco é “inadmissível” faltar água no semiárido nordestino.
 
Para o deputado Amauri Teixeira (PT-BA), que também integra o colegiado, a presidenta Dilma não tem poupado esforços nem recursos para minorar o impacto e os efeitos da seca sobre as populações atingidas no semiárido nordestino. Entre as medidas destacadas pelo deputado estão o aumento de 30% no número de carros-pipa; a construção de milhares de cisternas para consumo humano e de produção; e a construção das adutoras do Algodão e do Irecê, na Bahia.
 
Os ministros da Integração Nacional, Fernando Bezerra; do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas; da Agricultura, Antônio Andrade; o diretor do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), Emerson Fernandes Daniel Júnior, o diretor- presidente da Embrapa,  Maurício Antônio Lopes, e os governadores do Nordeste foram convidados para o debate.
 
Ivana Figueiredo.
 
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