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O tema da desigualdade de gênero, social e racial também entrou na pauta do seminário. Segundo a representante da Relatoria Nacional do Direito Humano à Educação, Denise Carreira, o maior índice de evasão escolar entre os jovens ocorre em primeiro lugar com as meninas negras e em seguida com os meninos negros.
Presente no debate, o deputado Waldenor Pereira (PT-BA) informou que a comissão de Educação aprovou requerimento de audiência pública para debater a Lei 10.639 de 2003, que dispõe sobre o ensino da cultura afro-brasileira no currículo das escolas brasileiras. “A aprovação desta lei representa um marco histórico no combate à discriminação racial na escola, no entanto, passados oito anos da sua aprovação, pouca coisa mudou”, afirmou.
A coordenadora do Projeto Escola sem Homofobia, Maria Helena Franco, explicou que muitas vezes a escola acaba sendo uma interlocutora da cultura da desigualdade e do preconceito, construída historicamente pela sociedade brasileira. “A escola deve atuar para desconstruir as desigualdades que, ao longo do tempo foram se configurando como algo natural”, disse.
Representando a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), Rafaelly Wiest criticou a interferência de setores religiosos nas políticas públicas do governo de reconhecimento dos direitos da comunidade LGBT. Segundo a ativista, não se deve misturar questões de Estado com ideologias religiosas.
Bullying – De acordo com a representante da ONG Plan Brasil, Cleodelice Aparecida Fonte, em 2009 17% dos estudantes brasileiros, entre vítimas e agressores, estavam envolvidos com bullying. Outros 31% estavam envolvidos com bullying virtual. Segundo a ativista, tanto no ambiente virtual quanto na escola, as vítimas tendem a não reagir aos atos sofridos e apresentam sentimentos de desconforto, apatia, irritabilidade e tristeza.
Edmilson Freitas