No próximo dia 24, a CUT, sindicatos, federações, confederações e movimentos sociais ligados às frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo estarão ao lado de todos aqueles que defendem a democracia.
Na cidade de São Paulo, a atividade será a partir das 17h, em frente ao prédio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na Avenida Paulista, e contará ainda com artistas, intelectuais e o próprio Lula.
Os atos em São Paulo e na cidade de Porto Alegre (RS) serão as principais ações no país no dia em que ocorre o julgamento, no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), do recurso no processo referente ao caso do tríplex do Guarujá (SP), parte da Operação Lava Jato. Mas, além dessas ações, vigílias e protestos já estão agendados em vários municípios brasileiros.
Para lideranças como o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, o principal crime de Lula é ser líder das pesquisas de intenção de votos e o julgamento poderá condenar alguém inocente, num caso sem provas ou testemunhas que evidenciem ilegalidades, tratando-se, portanto, de uma perseguição política.
“É a disputa de um projeto para um país subordinado aos interesses do grande capital internacional – um país para poucos -, contra a de um país soberano, com indústria e agricultura nacional pujante, geração de emprego e distribuição de renda, um país para todos e todas. É disso que se trata essa perseguição.”
Presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo reforça o direito de o povo brasileiro ser o verdadeiro juiz a julgar Lula nas próximas eleições. “O julgamento é apenas uma parte da disputa que os movimentos estão dispostos a fazer neste ano. A partir do dia 25, seja qual for a decisão do tribunal, a nossa luta continua”, alerta do dirigente.
A afirmação dos presidentes mostra que a disputa tende a se acirrar, como também confirma o manifesto em favor de Lula que já atingiu até o momento a marca de 182.060 assinaturas, com apoiadores do Brasil e de outros países.
Assim tem início o ano de 2018 que, na avaliação da presidenta da União Estadual dos Estudantes de São Paulo, Nayara Souza, repete um dos maiores desafios da história do povo brasileiro, o de defender o Estado Democrático de Direito.
“É momento de mostrar ao país todo que só a força do povo pode mudar. Espalhar esperança e defender a jovem democracia que em toda a nossa história, foi tão maltratada. O direito de expressão, de opinião e de liberdade. O direito à democracia é muito caro para nós e não abriremos mão. Defender o direito de Lula ser candidato é defender a legalidade, é defender esse Brasil: justo”, afirma.
Para Matheus Gringo, da direção estadual do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), o programa do golpe em curso no Brasil está relacionado também com a crise do capitalismo mundial. E, para a superação desta crise, avalia, o capital exige o aprofundamento da exploração da classe trabalhadora.
“A perseguição pela qual tem passado o ex-presidente Lula e a tentativa de impedi-lo de disputar as eleições presidenciais neste ano demostram que ele ainda simboliza para a população brasileira a possibilidade de construção de um projeto nacional de superação da crise do capitalismo sem o aprofundamento da retirada de direitos da classe trabalhadora”, destaca.
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