O jornal O Estado de São Paulo publicou reportagem neste domingo (10) afirmando que o custo das obras de ampliação da marginal Tietê já sofreu aumento de 75% sobre o valor original. Segundo o diário, o primeiro orçamento da obra foi estimado em R$ 1 bilhão, em 2008, e o aumento de custos “é resultado da inclusão de serviços que não estavam previstos pela Desenvolvimento Rodoviário S. A. (Dersa), empresa responsável pela obra”.
Para o deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), a obra é um “escoadouro aberto para canalizar recursos públicos” e não tem resolvido os problemas do rio Tietê. “Esse projeto é um poço sem fundo. O trânsito na marginal Tietê continua sem solução, bem como a despoluição do próprio rio, que já consumiu muito dinheiro e não se resolve o problema”, criticou Devanir.
Na opinião do parlamentar, a falta de fiscalização e a ação do governador na Assembleia Legislativa, que impede a realização de qualquer CPI para investigar essa e outras denúncias, prejudicam a população. “Toda e qualquer tentativa de se instalar uma CPI para apurar denúncias contra os governos tucanos são barradas na assembleia. Além disso, os órgãos de fiscalização e controle do poder público não funcionam. O Ministério Público, sobretudo, não está fazendo prevalecer o interesse público, e toda a população é prejudicada com essa situação”, apontou o deputado.
Uma das justificativas para o aumento dos valores da obra, a construção de pontes, também foi criticada pelo deputado, assim como o seu caráter eleitoreiro. “Eles estão construindo pontes que levam do nada a lugar nenhum. Trata-se de uma obra eleitoreira, que a cada dois anos reacende com grandes ações de propaganda”, afirmou.
O Estadão ainda calculou que os recursos adicionais investidos na obra seriam suficientes para a construção de 300 escolas ou 7 hospitais com 200 leitos cada.
Rogério Tomaz Jr.
