Não é de hoje o envolvimento do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) com o submundo da corrupção. Numa série histórica, os jornalistas Jânio de Freitas e Elvira Lobato, da Folha de S. Paulo retrataram a passagem de Cunha pela presidência da Telerj – Empresa de Telecomunicações do Rio de Janeiro. À época, pesaram sobre Cunha graves denúncias de fraudes em licitações.
Essas denúncias começaram a ganhar foco em 1991, quando a concorrência para a produção e comercialização das listas telefônicas do Estado do Rio de Janeiro foram contestadas por um grupo de empresas que se sentiram prejudicas pelas “falhas” nas licitações. As reportagens apontam que Cunha vedava a participação de alguns grupos e beneficiava a Listel, empresa do grupo Abril.
Já em 1993, o escândalo de superfaturamento envolvendo a implantação da telefonia celular no Rio de Janeiro derrubou Cunha da presidência da fluminense de telecomunicações. Nesse caso, Cunha só foi advertido pelo Tribunal de Contas da União.
A escolha de PC Farias – A presidência da Telerj foi dada a Cunha por PC Farias, em agradecimento ao apoio que o peemedebista deu a Fernando Collor de Melo, então presidente da República – que sofreu impeachment em 1992.
PTNACÂMARA