“O deputado Eduardo Cunha entra para história como o mais corrupto e o pior presidente que o Parlamento brasileiro já teve, mas ele continua jogando e muito forte na política nacional”. A avaliação foi feita vice-líder da Bancada do PT, deputado Henrique Fontana (RS), imediatamente após o anúncio da renúncia de Cunha, no início da tarde desta quinta-feira (7).
Réu no Supremo Tribunal Federal (STF), Cunha estava afastado do cargo desde 5 de maio desde ano, por decisão da Suprema Corte, que também suspendeu o seu mandato parlamentar por tempo indeterminado.
Para Henrique Fontana, a renúncia de hoje “é um acordo feito com o presidente interino, ilegítimo e golpista Michel Temer para melhorar as condições do governo e para preservar o mandato dele”.
O deputado do PT gaúcho analisou ainda que a renúncia de Cunha como presidente é a comprovação da ilegitimidade e da ilegalidade do processo de impeachment da presidenta eleita Dilma Rousseff, “que na verdade foi um golpe constituído por esta maioria que se articula em torno de Temer e de Cunha”.
Segundo Fontana, Temer e Cunha “são sócios”. E a renúncia significa o acordo que eles fizeram para proteger Cunha no futuro e para obstruir as investigações contra a corrupção, “como aliás ficou muito claro nas gravações do senador Romero Jucá (PMDB-RR), com o Sérgio Machado – ex-presidente da Transpetro – e com o ex-presidente José Sarney.
O governo interino e golpista de Temer, de acordo com Henrique Fontana, veio para aplicar um programa contra o projeto que foi eleito pelo povo brasileiro e para proteger corruptos como Eduardo Cunha. “Então, esta renúncia é uma renúncia à Presidência da Câmara para tentar preservar o mandato deputado dele. Por isso, temos que continuar atentos porque, de fato, aquele que precisa ser combatido neste momento é o governo ilegítimo de Temer, que tem que terminar o quanto antes”, defendeu.
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Vânia Rodrigues
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