Crise nas universidades compromete futuro da Nação

A crise nas universidades federais causada pelo corte no orçamento aprovado pelo Congresso Nacional foi alvo de crítica de especialistas e parlamentares que participaram da comissão geral que debateu o tema, no Plenário da Câmara, nesta terça-feira (21). A proposta do governo ilegítimo de Michel Temer aprovada congela em 15% os gastos de custeio (com luz, água, manutenção e serviços terceirizados) e contingencia em 40% os gastos de capital (despesas com as obras de expansão e reestruturação dos prédios).

“Vivemos uma contingência muito dura, gerada pela Emenda Constitucional nº 95 e, mais recentemente, pelo arrocho fiscal que alcança inclusive a nossa situação de trabalho dentro das universidades”, criticou a deputada Margarida Salomão (PT-MG), propositora do debate e presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Federais.

Lamentou a parlamentar o tratamento dado pelo ilegítimo ao Plano Nacional de Educação (PNE). “É uma lástima que o Plano Nacional de Educação, neste momento, seja letra morta, e que neste momento não estejamos conseguindo tirá-lo do papel e transformá-lo em alguma coisa que é o que o Brasil espera”, lamentou.

O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Emmanuel Tourinho destacou o “salto de qualidade” das universidades federais nos últimos anos, mas criticou a redução orçamentária de Temer.

“Nossos orçamentos para 2018, comparados com os de 2014 e corrigidos monetariamente, são 20% menores no custeio e 90% menores em capital. Essa redução é incompreensível para uma Nação que nem sequer alcançou a taxa de oferta na educação superior dos países vizinhos na América do Sul”, criticou Tourinho.

Redução dramática – O presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu de Castro Moreira também comparou com anos anteriores o estrago promovido pelo golpista também na área de pesquisa. Segundo ele, o orçamento para o ano que vem, comparado com 2017, reduz em cerca de 40% os recursos para os institutos de pesquisas brasileiros, prevê também a redução de 20% da CAPES e a redução do recurso do FNDCT.  “São reduções dramáticas na infraestrutura da universidade”, avaliou.

“Essa redução na área da ciência e tecnologia é absolutamente inexplicável quando se pensa no futuro da Nação. Parece que temos de fazer teorias conspiratórias mesmo para explicar o grau de corte absurdo que está havendo na área da ciência e tecnologia”, completou o presidente da SBPC.

A deputada Maria do Rosário (PT-RS), que também conduziu o debate, citou o momento difícil pelo qual passam as instituições federais. Saudosa, a parlamentar lembrou dos avanços que o setor educacional brasileiro teve na última década. “A educação superior no Brasil hoje vivencia uma condição que torna impossível manter a qualidade, o acesso, a permanência e a interiorização, coisas que alcançamos com os planos institucionais em cada uma das universidades e institutos federais e, também, como foi sublinhado, com o Plano Nacional de Educação”.

A presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Mariana Dias, também protestou contra o desmonte promovido pelo ilegítimo. “A realidade é tão deprimente que nós nos reunimos no Congresso Nacional para debater como salvar a universidade pública da crise que enfrenta”, observou.

“Temos um governo que a UNE não reconhece como legítimo no nosso País, que tem a desfaçatez de falar que o problema da educação pública e da universidade é a falta de investimento”, alfinetou.

Benildes Rodrigues

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex