“Caso gravíssimo, que merece ser examinado pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados”, diz Gleisi Hoffmann
De modo inescrupuloso e irresponsável, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) divulgou um vídeo falso em que o assessor especial da Presidência, Celso Amorim, aparece abraçando o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O encontro real de Amorim com Maduro, no qual a cena do abraço não existiu, foi utilizado como pretexto para uma manipulação criminosa com o uso de inteligência artificial.
Segundo a colunista Bega Megale, do jornal O Globo, “a montagem publicada por Eduardo Bolsonaro traz um longo abraço entre Amorim e o presidente Nicolás Maduro, com imagens de corações na tela, ao som de uma música romântica”.
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Ainda de acordo com a colunista, “o próprio “X” faz o alerta de que leitores adicionaram o contexto de que o vídeo foi gerado por inteligência artificial”.
“Esse vídeo é totalmente manipulado e falso. Nunca houve esse abraço de amores e afetos entre mim e o presidente Maduro”, declarou Amorim. “Inclusive há um corte no vídeo. Provavelmente houve uso de Inteligência Artificial. Estou estudando com meus assessores quais medidas são cabíveis”, anunciou o diplomata à coluna.
“Estive com Maduro e nos cumprimentamos como se cumprimenta um chefe de Estado. Não tive qualquer encontro assim, nem agora e nem antes”, disse Amorim. Segundo a colunista do jornal carioca, Amorim estuda “ações legais para remover a gravação das redes sociais”.
A presidenta Nacional do PT Gleisi Hoffmann foi às redes denunciar o modus operandi dos Bolsonaro, utilizado há anos pelo clã. “Esse é o uso que a extrema direita faz da tecnologia: inteligência artificial a serviço da mentira. Caso gravíssimo, que merece ser examinado pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados”, afirmou, pela rede X.
Eduardo, filho do inelegível, divulgou fraude com imagens manipuladas do embaixador Celso Amorim. Esse é o uso que a extrema-direita faz da tecnologia: inteligência artificial a serviço da mentira. Caso gravíssimo, que merece ser examinado pelo Conselho de Ética da Câmara dos…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) August 2, 2024
Redação da Agência PT