Crescimento do HIV/AIDS preocupa especialistas e parlamentares

cssf gabriela korossy
Para debater a política de saúde para o enfrentamento das DST/HIV/AIDS e a importância da atenção básica para cuidado dessas doenças, a Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) promoveu, nesta quinta-feira (11), audiência pública reunindo especialistas, parlamentares e representantes de entidades da sociedade civil.

Fábio Mesquita, diretor do Departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, destacou a importância do Congresso no combate a estas doenças, pois é a instituição que aprova os recursos para o setor. Mesquita chamou a atenção para o crescimento da AIDS, entre 2004 e 2013, principalmente entre jovens gays. O gestor afirmou, porém, que não se trata de uma epidemia homogênea. Em Porto Alegre (RS), por exemplo, a taxa de detecção quase cinco vezes maior que no resto do país.

“É importante destacar que cada vez mais as pessoas estão se tratando, e pelo SUS. Em 2014 tivemos 71 mil novas pessoas em tratamento. Este ano devemos ter um número semelhante. Em 2013 foram 41 mil. Além disso, novas iniciativas como ampliação das testagens através de ONGs e criação de um aplicativo para controle da medicação pelo celular ajudam a combater o problema. E a taxa de mortalidade vem caindo por causa das políticas públicas implantadas, como o acesso universal aos medicamentos”, avalia Fábio.

Mesquita também disse que a Unaids, programa conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS, prevê o fim dos níveis epidêmicos da AIDS até 2030. Já a diminuição da carga viral deve ser atingida no Brasil até 2020.

O deputado Odorico Monteiro (PT-CE), integrante da CSSF, destacou a importância da atenção básica nas políticas de prevenção e tratamento da doença. Para Odorico, que foi secretário municipal de saúde por mais de 25 anos em vários municípios, a atenção básica é fundamental no acolhimento, diagnóstico precoce, assistência e encaminhamento aos serviços especializados. A atenção básica, de acordo com o deputado, precisa estar preparada para atender aos grupos mais vulneráveis para antecipar o diagnóstico e diminuir os riscos de transmissão e óbito.

“A atenção básica precisa ter formação permanente e continuada para o atendimento dos grupos mais vulneráveis ao HIV e AIDS. A epidemia no Brasil hoje está concentrada entre gays, usuários de drogas e profissionais do sexo, tendo sempre como foco o combate a todo tipo de preconceito e discriminação, principais empecilhos para a cuidado integral”, afirmou Odorico.

Assessoria Parlamentar com CSSF
Foto: Gabriela Korossy/Agência Câmara

 Ouça o Diretor do Departamento de DST/Aids do Ministério da Saúde Fábio Mesquita na Rádio PT

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