O emprego na indústria cresceu 1,7% em dezembro do ano passado, comparado a novembro. Foi a maior taxa de expansão mensal desde o início da série histórica, em 2003.
Os dados constam dos Indicadores Industriais de dezembro, divulgados nesta quarta-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Para a entidade, a atividade industrial continua em processo de reaquecimento. No mês de dezembro, o faturamento real do setor cresceu 3,5% em relação a novembro, o que representou 0,2% a mais do que o nível atingido antes da crise financeira internacional, que chegou ao país no final de 2008.
Com exceção das horas trabalhadas, que registrou uma leve baixa de 0,4% depois de três meses seguidos de expansão, todos os demais indicadores mantiveram crescimento. A indústria operou, em média, com 81,7% da capacidade instalada, o que representa aumento de 0,4 ponto percentual na comparação com novembro de 2009.
Segundo a CNI, o uso da capacidade instalada não superou ainda os níveis pré-crise, apesar de estar crescendo gradualmente. Na média de 2009, houve baixa de 2,8 ponto percentual, na comparação com 2008.
O deputado José Guimarães (PT-CE), integrante da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara, destacou as “medidas corajosas” do governo Lula para combater os efeitos da crise. “A tese de que a crise não passava de uma ‘marolinha’ se confirmou. O Brasil foi o último a entrar e o último a sair porque tomou medidas corajosas.
Enquanto os países ricos pediam a população para não consumir, nosso governo deu a seguinte orientação: ‘vamos consumir'”, disse.
Segundo Guimarães, todos os ramos da economia estão crescendo com sustentabilidade. “Hoje temos crescimento e distribuição de renda. Antes do governo Lula, era muito difícil conciliar esse binômio. O ambiente econômico no Brasil é o melhor possível. Não é, como a oposição diz, apenas uma questão de sorte. Foram medidas corajosas que deram esse resultado”, afirmou.
Equipe Informes, com Agência Brasil
