Crescimento de lucro de empresas comprova que Brasil está longe de recessão, diz Pedro Eugênio

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O lucro das grandes empresas não traduz um quadro recessivo da economia brasileira, como querem fazer crer os analistas pessimistas e a oposição ao governo Dilma. Levantamento divulgado nesta segunda-feira (1º) pelo Valor Data – por meio da base de dados do Valor Empresas – mostra que o lucro líquido de 271 companhias de capital aberto, auxiliado pela taxa de câmbio mais favorável, aumentou 56% em relação ao mesmo período do ano passado, totalizando R$ 16,2 bilhões.

Se excluirmos uma receita extraordinária com créditos fiscais de R$ 1,2 bilhão da Telefônica/Vivo – empresa bastante representativa na amostra -, o avanço é de 6,7%, praticamente em linha com a inflação dos últimos 12 meses encerrados em junho, de 6,52%. Os balanços de Vale e Petrobras foram excluídos da amostra, já que, pelo tamanho, essas empresas tendem a distorcer o resultado geral.

Lucro – Na avaliação do deputado Pedro Eugênio (PT-PE), titular da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, os números do Valor Data comprovam que o Brasil está muito longe de uma recessão técnica. “Os dados são de um conjunto de empresas bastante representativo da nossa economia, o que nos dá segurança para afirmamos que não estamos em recessão. O lucro das empresas está crescendo, os empregos estão sendo gerados e não há qualquer risco de recessão”, afirmou.

Para Pedro Eugênio, o recuo do PIB (Produto Interno Bruto) por dois períodos consecutivos é apenas um dos dados utilizados para verificar se a economia está em recessão. “E esse crescimento negativo não é o mais importante nessa análise, uma vez que todos os outros dados considerados na avalição são positivos. As empresas estão sólidas e contabilizando lucro e não há desemprego. Os empresários da iniciativa privada reduziram os investimentos ou não estão investindo por causa do terrorismo de setores da mídia ou dos analistas pessimistas que pintaram um cenário de insegurança para a nossa economia”, avaliou.

O deputado Pedro Eugênio acredita que tão logo passe o período eleitoral as empresas privadas voltarão a investir pesado. “Esse temor psicológico criado pela mídia vai passar depois das eleições e os empresários farão, com certeza, grandes investimentos”, enfatizou.

Custos– A receita líquida das empresas analisadas cresceu 11,9% em relação ao segundo trimestre de 2013, sinalizando que a demanda continuou resiliente, mesmo com a realização do Mundial de futebol.

Varejo – No varejo, o lucro consolidado de 44 empresas de consumo subiu 8,7%, para R$ 1,11 bilhões. No período alguns segmentos varejistas foram beneficiados pela Copa do Mundo. As varejistas de eletroeletrônicos tiveram desempenho bastante acentuado com a venda de televisores. Já os ganhos de varejistas de alimentos foram impulsionados pelo maior consumo de bebidas e carnes.

Educação – Seguindo uma trajetória que já se mantém há anos, outro setor que se destacou entre abril e junho foi o de educação. O lucro líquido das seis redes de ensino listadas na bolsa dobrou, chegando a R$ 426,6 milhões. Entre as incorporadoras, a estratégia de reduzir lançamentos e focar na execução dos projetos em andamento também rendeu frutos. Os ganhos de 20 empresas do setor aumentaram 35% na comparação anual, apesar da queda de 10,6% nas receitas.

PT na Câmara, com informações do jornal Valor Econômico

 

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