O setor de serviços registrou crescimento nominal (sem descontar a inflação do período) de 6,4% em setembro, na comparação com igual mês de 2013. A alta de quase dois pontos percentuais ficou bem acima da registrada em agosto, quando avançou 4,5%, e em julho (crescimento de 4,6%). Apenas neste ano, o indicador acumula uma alta de 6,6% e, em 12 meses, de 7,1%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado do terceiro trimestre, o crescimento do setor de serviços avançou 5,1% frente ao mesmo período de 2013. Em setembro, os serviços prestados às famílias cresceram 7,7%; os serviços de informação e comunicação, 2,7%; os serviços profissionais, administrativos e complementares, 11,1%; transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, 6,5%; e outros serviços, 9,0%.
No cálculo geral, segundo o IBGE, a alta de setembro foi puxada pelo bom desempenho do setor de serviços de informação que superou as marcas alcançadas em julho e agosto. Esse segmento tem peso de 35,7% no levantamento. Com o resultado, o peso na taxa relativa passou de 13,3% para 14,1%, entre agosto e setembro.
O instituto também destacou a contribuição do segmento transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio, que registrou alta de 6,5%, bem superior às taxas de 3,2% de agosto e de 4,6% de julho. Esse segmento tem peso de 30,7% no levantamento e, com o avanço, aumentou sua participação relativa de 22,2% para 32,8%.
O crescimento dos serviços profissionais, administrativos e complementares ficou em 11,1% em setembro, superior às variações de agosto (7,7%) e de julho (7,0%). Os serviços técnico-profissionais, que abrangem os serviços intensivos em conhecimento, cresceram 10,6% e os serviços administrativos e complementares, que abrangem os serviços intensivos em mão-de-obra, 11,2%. Com uma contribuição absoluta de 2,3 pontos percentuais, esse segmento contribuiu, em termos relativos, com 35,9% para a composição do índice geral.
O IBGE considera os avanços registrados em setembro e outubro normalmente se devem ao fato de as indústrias começarem a demandar mais matérias primas, a fim de aumentar sua produção para atender os consumidores no período do Natal. Além disso, a pesquisa constatou em setembro uma recuperação do setor de transporte aéreo, após a queda registrada durante a Copa do Mundo, tanto no segmento de voos de negócios, quanto lazer.
Regionalmente, as maiores altas vieram do Distrito Federal (20,6%), Ceará (11,8%) e Tocantins (11,0%), seguido por Rio Grande do Norte (1,0%), Minas Gerais (1,3%) e Piauí (1,4%). Apresentaram variações nominais negativas Roraima (-1,8%), Mato Grosso (-1,1%) e Amapá (-1,0%).
Com informações do IBGE.