Vem crescendo as manifestações públicas de apoio aos seis militantes de movimentos populares que estão em greve de fome pela libertação do ex-presidente Lula, desde a última terça-feira (30). Depois da visita dos líderes do PT e da Oposição na Câmara, deputados Paulo Lula Pimenta (RS) e José Lula Guimarães (CE), o grupo recebeu os cumprimentos do presidente da Bolívia, Evo Morales. Além de manifestar solidariedade, Morales destacou em seu twitter o caráter político da prisão do petista.
“Saudamos os seis irmãos militantes de movimentos sociais do Brasil que iniciaram a greve de fome para pedir a libertação do irmão Lula, preso político da oligarquia imperialista por ter levado comida à mesa de 30 milhões de pobres”, diz o post, na íntegra e em tradução literal.
A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, também demonstrou solidariedade aos grevistas. Ontem (2), ela visitou o grupo e destacou a importância do protesto. “É uma ação que tem muito significado não só para o presidente Lula, em prol da sua liberdade, mas para o povo brasileiro, que vive um momento de dor, que está infeliz. Então, fazer uma greve de fome é chamar a atenção para a essa situação”, completou.
A declaração da senadora é uma referência a um dos pontos de reivindicação dos grevistas, que, além de pedirem a libertação do ex-presidente, denunciam o retorno do Brasil ao Mapa da Fome, do qual o País tinha saído em 2014.
Vigília – Os grevistas também receberem o apoio formal da Vigília Lula Livre, que permanece concentrada em frente à sede da Polícia Federal, em Curitiba (PR), onde Lula é mantido preso político desde abril. Em nota, os participantes da vigília destacaram que a ação dos grevistas fortalece a resistência.
“Com o pensamento nesses militantes dedicados à causa do povo brasileiro, seguimos na resistência ao lado do presidente, há quase 120 dias, e sabemos que a conjuntura imprime muitas dificuldades, mas que (elas) devem ser superadas com organização, lutas, formação e informação”, enfatizaram na nota.
Greve de fome – Os militantes que integram o grupo são ligados à Central dos Movimentos Populares (CMP), ao Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) e ao Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), mas a mobilização grevista resulta de uma articulação com outros vários segmentos populares.
Os militantes que fazem esse ato extremo são Jaime Amorim, Vilmar Pacífico e Zonália Santos (MST); Rafaela Alves e Frei Sérgio Görgen (MPA); e Luiz Gonzaga Silva, conhecido como Gegê (CMP).
PT na Câmara com site Brasil de Fato