CPMI vai analisar convocação de Gurgel e Policarpo Jr na próxima semana

cpmi-070812Os requerimentos de convocação do Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, do presidente do Grupo Abril, Roberto Civita, e do diretor da sucursal da revista Veja em Brasília, Policarpo Júnior, para prestarem depoimento na CPMI do Cachoeira, serão votados na próxima reunião administrativa do colegiado, marcada para a próxima terça, dia 14. A informação foi dada pelo presidente do colegiado, senador Vital do Rego (PMDB-PB), na reunião da CPMI desta terça (7), em resposta a questionamento do senador Fernando Collor (PTB-AL).

Ao cobrar a apreciação dos requerimentos, Collor afirmou que “Roberto Gurgel prevaricou ao não investigar o envolvimento do ex-senador Demóstenes Torres (cassado recentemente pelo plenário do senado) com a organização criminosa liderada por Cachoeira”. Ainda, de acordo com o senador alagoano, essa atitude “fortaleceu o grupo criminoso” que agora é objeto de investigação da CPMI. Sobre a convocação de Civita e Policarpo Júnior, Collor lembrou que os jornalistas também são parte “do núcleo da contravenção investigada pela CPMI”.

A convocação de Policarpo Júnior já havia sido defendida na semana passada pelo vice-presidente da CPMI, deputado Paulo Teixeira (PT-SP), em entrevista a agência Carta Maior. A defesa ocorreu após a mulher de Cachoeira, Andressa Mendonça, ser detida sob a acusação de tentar chantagear o juiz da 11ª Vara Federal de Goiânia, Alderico Rocha Santos, com base em dossiê supostamente produzido contra o magistrado pelo diretor da Veja. Na ocasião, Teixeira disse que “com esse acontecimento, está colocada a relação do jornalista com a organização criminosa”.

A tentativa de chantagem foi denunciada pelo juiz ao Ministério Público Federal (MPF), que pediu a prisão da mulher do contraventor. Andressa foi detida pela Polícia Federal e liberada após firmar compromisso de pagar fiança. A mulher de Cachoeira pagou R$ 100 mil para não ser presa.

Apoio– O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP), disse que o partido vai se reunir para decidir como vai atuar na apreciação desses requerimentos.

 

Héber Carvalho

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