CPMI: Odair defende identificação e sequestro de bens financeiros da organização criminosa

cpmitraficopessoas-210812Os procuradores Léa Batista e Daniel Rezende alertaram os membros da CPMI do Cachoeira que a organização liderada pelo contraventor continua articulada. Eles falaram à comissão nesta terça-feira (21). Segundo eles, tal fato pode ser comprovado a partir das ameaças, chantagens e intimidações sofridas pelos condutores do caso. Léa Batista disse que o desafio do Ministério Publico Federal e da CPMI é identificar e centrar na evolução patrimonial da organização criminosa como forma de sufocá-la.

A integrante do MP afirmou que organização usa diversas contas “laranja” para movimentar recursos recebidos ilegalmente. Segundo ela, a organização ganha “corpo” internacional por meio de empresas Off-Shore. Nessa mesma direção o procurador Daniel Resende afirmou que a organização comprou site no exterior (Brasil Bingos) para venda de caça-níqueis em outros países.

“Foram criadas empresas Off-Shore no Uruguai, em Curaçao e no Reino Unido, administrada por Lenine Araújo, um dos braços da organização criminosa”, informou Resende. Ele contou que não foi possível aprofundar a investigação sobre o destino do dinheiro arrecadado com os jogos pela organização de Cachoeira. “Temos apenas algumas informações que precisam ser exploradas”, afirmou.

O relator da CPMI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG) e o vice-presidente, Paulo Teixeira (PT-SP) avaliam como “essencial” a identificação dos recursos financeiros oriundos da organização criminosa. Eles defendem também o retorno dos recursos provenientes de atividades ilícitas aos cofres públicos. “Precisamos desmontar essa organização criminosa, por isso sequestrar os bens da organização é essencial”, avaliou Odair Cunha.

Recursos ilícitos – O relator lembrou que os R$ 167 milhões apreendidos na Operação Monte Carlo têm um prazo a ser cumprido e a celeridade na ação penal vai garantir o retorno desses valores aos cofres públicos. “Para que essa organização criminosa seja desmontada é essencial que esses bens sejam definitivamente sequestrados e esse sequestro depende necessariamente do trabalho que estamos fazendo em parceria com o Ministério Público”, avaliou Odair Cunha.

O vice-presidente da comissão, deputado Paulo Teixeira, classificou de importante a participação dos procuradores na CPMI. De acordo com ele, a comissão tem dois focos principais, “a parte econômica da organização e seus estrangulamentos e os atores políticos, públicos e da imprensa envolvidos com essa organização”, disse Teixeira.

Código do silêncio – A procuradora Léa Batista classificou a organização de “armada, complexa e ousada, com características mafiosas”. De acordo com Léa Batista, existe um “código de silêncio” que protege a organização criminosa e seus membros. “Eles são leais a Carlos Cachoeira”, constatou a procuradora. Segundo ela, esse código de silêncio fica “bem claro” quando os convocados silenciam tanto na CPMI quanto na Justiça Federal. “O silêncio é um direito de todos, mas o código de silêncio adotado nos depoimentos à CPMI e à Justiça Federal é típico de organizações mafiosas”, declarou.

Agenda – A comissão ouve nesta quarta-feira (22) o ex-tesoureiro da campanha de Marconi Perillo ao governo de Goiás, em 2010, Jayme Eduardo Rincón. Ele é presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop). As investigações da PF revelam um depósito do grupo de Cachoeira no valor de R$ 600 mil na conta da empresa Rental Frota Ltda, que tem Rincón como um dos sócios. A comissão ouve também o policial aposentado Aredes Correia Pires.

A reunião acontece no plenário 2 da ala senador Nilo Coelho.

Benildes Rodrigues    

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo