FOTO: GUSTAVO BEZERRA/PT NA CÂMARA
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga suposta irregularidades nos contratos da Petrobras, o gerente de Engenharia de Custos da empresa, Alexandre Rabello, ao detalhar a metodologia adotada pela estatal na execução de contratos, informou que o setor não participa de todas as fases da contratação e que a área de estimativas de custos da companhia não calcula o valor total da obra.
“O investimento como um todo se compõe de outras partes que não passam pela área de engenharia de custo. Daí então nossa dificuldade de ter a visão integral do investimento”, observou, Alexandre Rabello. Ele disse ainda que o que se pode afirmar “é que os ativos para os quais foram feitas estimativas de custos e que foram licitados estão, na visão da Petrobras, compatíveis com os valores do mercado”.
Ele disse ainda que no decorrer das obras pode ocorrer variação no valor final ocasionado por fatores econômicos e outros, oriundos da própria execução do empreendimento.
A afirmativa foi feita ao questionamento do relator da CPI, senador José Pimentel (PT-CE) sobre indícios de superfaturamento na construção de refinarias, como a de Abreu e Lima, em Pernambuco, apontada pelo Tribunal de Contas da União (TCU). De acordo com o tribunal, a previsão de gastos com a obra foi de US$ 2,4 bilhões, no entanto, o custo final já atinge a casa de US$ 18, 5 bilhões.
ACE – Alexandre Rabello afirmou também que a atividade de Estimativas de Custos Detalhadas adotada pela Petrobras segue recomendação internacional. De acordo com o depoente, a metodologia usada segue as práticas recomendadas pela ACE (Association for the Advancement of Cost Engineering), organismo internacional com sede nos EUA.
Benildes Rodrigues