CPI da exploração sexual infanto-juvenil debateu casos do DF

erika kokay 2A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a exploração sexual de crianças e adolescentes e o turismo sexual debateu , em audiência pública realizada nesta terça-feira (17), denúncias de atos de abuso sexual cometidos por policiais do Distrito Federal (DF).

Participaram da audiência pública o coronel Suamy Santana da Silva, Comandante-Geral da Polícia Militar do DF, e Luisa de Marilac, promotora da Infância e da Juventude do Ministério Público do DF.

O principal caso discutido foi a ocorrência sistemática de exploração sexual de crianças e adolescentes na rodoviária do Plano Piloto, cometida por policiais militares. A deputada Erika Kokay (PT-DF) encaminhou esta denúncia à Corregedoria da Polícia Militar em 2011, mas o trabalho de apuração foi insuficiente e os abusos continuam a ocorrer, segundo a parlamentar.

“A pessoa [da corregedoria da PM] que foi colher o meu depoimento já chegou dizendo que não acreditava em nenhuma das denúncias feitas pelas crianças e adolescentes. Eu disse que não cabia a ele acreditar ou não acreditar, mas que ele deveria proceder uma investigação com a profundidade e a imparcialidade necessárias para que nós não tivéssemos nenhuma dúvida quanto a esse trabalho. Infelizmente, está claro que a investigação não foi eficiente e os abusos continuam a ocorrer”, afirmou a deputada.

Erika Kokay também considera grave o fato de tais crimes estarem ocorrendo numa localidade tão próxima dos centros de poder político. “ Estamos falando de crianças e adolescentes que estão sendo vítimas de violência e exploração sexual em um lugar que pode ser visto desde o Congresso Nacional. Ou seja, a poucos quilômetros do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal nós temos crianças que estão sendo impedidas de viver plenamente a sua infância e a sua própria condição humana. Isso é muito grave e a CPI tem que denunciar e investigar esse fato”, disse a parlamentar.

O comandante da PM-DF informou que o caso vai ser objeto de nova investigação e a promotora Luisa de Marilac afirmou que o Ministério Público acompanhará e contribuirá com este processo.

Antes da audiência pública a CPI aprovou diversos requerimentos para realização de novas audiências públicas, na Câmara e em outros estados da federação, bem como para que sejam convidados para estas atividades representantes do poder público e da sociedade civil envolvidos com o tema.

Rogério Tomaz Jr.

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