Covid-19: Saúde lança nova campanha para imunizar 70 milhões de pessoas

Prevenção: com a distribuição das doses, vários estados já começaram a aplicação das vacinas monovalentes XBB Foto: Julia Prado/MS

O Ministério da Saúde iniciou uma nova etapa da campanha nacional de imunização contra a covid-19. Na sexta-feira (24), a pasta anunciou que iniciou a distribuição de uma primeira remessa de 9,5 milhões de doses de vacina já atualizada com a variante XBB.1.5. Diversos estados já começaram a aplicação das vacinas monovalentes XBB.

“O quantitativo de doses da aquisição emergencial será suficiente para abastecer os estados e municípios até que as próximas aquisições sejam concluídas”, destaca a assessoria do ministério.

De acordo com a pasta, “o perfil de segurança da vacina Covid-19 monovalente XBB é conhecido devido ao amplo uso em outros países, sendo semelhante ao das versões bivalentes, com a vantagem adicional de ser adaptada para a variante XBB.1.5”.

Confira o esquema vacinal recomendado a partir de 1º de janeiro de 2024: 

– Para crianças de 6 meses a menores de 5 anos, a vacina foi incluída no Calendário de Vacinação.

– Dose anual ou semestral para grupos prioritários com cinco anos de idade ou mais, independentemente do número de doses prévias recebidas.

– Vacinação de pessoas com mais de cinco anos que não pertencem aos grupos prioritários: poderão receber uma dose.

– A mudança para 2024 passou por avaliação da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (CTAI) e considerou as atuais recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre priorização de vacinação para os grupos de alto risco e aqueles mais expostos.

– O Ministério da Saúde enfatiza que as vacinas disponíveis nos postos de vacinação continuam efetivas contra as variantes em circulação no país. O esquema vacinal completo, incluindo as doses de reforço, quando recomendado, é essencial para evitar formas graves e óbitos pela doença.

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IBGE: quase 94% da população se vacinou contra a covid-19

A nova etapa da campanha da Saúde mostra que o governo Lula continua  priorizando a saúde dos brasileiros. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: covid-19 (2023) divulgados na sexta-feira (24), apontam que 93,9% da população com 5 anos ou mais de idade foram vacinadas no primeiro trimestre de 2023. O índice corresponde a 188,3 milhões de pessoas. Entre os homens, 90,8 milhões declararam ter tomado ao menos uma dose (93%), e, entre as mulheres, o número subiu para 97,5 milhões (94,8%).

Ainda de acordo com o levantamento, entre as pessoas de 5 a 17 anos de idade vacinadas contra a covid-19, 84,3% receberam ao menos duas doses da vacina 2023. Na mesma faixa etária, 33,8% tomaram dose de reforço.

“Entre os adultos, nota-se que o esquema vacinal com alguma dose de reforço se mostrou majoritário, sendo adotado por 76,9% deles com pelo menos três doses de imunizante contra a covid-19”, aponta o IBGE, em comunicado. “Cabe lembrar que a imunização dos adultos se iniciou pelo grupo de idosos e de prioritários. Por conta disto, muitas pessoas que seguiram as recomendações vacinais no tempo adequado já estavam com quatro ou mais doses no primeiro trimestre de 2023, alcançando 42,4% dos adultos”, informa o instituto.

Cidades em que Bolsonaro teve mais votos registraram mais mortes

negacionismo do governo Bolsonaro em relação às vacinas e medidas de proteção sanitária durante a pandemia mostrou-se letal para a população. Levantamento publicado pela revista Cadernos de Saúde Pública mostra que as cidades onde Bolsonaro mais recebeu votos, tanto em 2018 quanto 2022, foram as que registraram mais mortes por covid-19 no país.

O levantamento revela que, a cada um ponto percentual nos votos municipais para Bolsonaro de 2018 a 2022, houve uma alta entre 0,48% a 0,64% no excesso de mortes nos municípios durante os picos da pandemia.

“Uma explicação para esta correlação pode estar ligada ao papel desempenhado por Bolsonaro como figura pública e influenciador do seu eleitorado”, atesta o estudo. “A descrença sobre os efeitos nocivos da pandemia, a não aceitação do uso de máscaras, a resistência inicial à compra de vacinas e a lenta implementação de uma campanha de imunização podem ser alguns dos motivos desta associação entre os votos de Bolsonaro e o excesso de mortalidade”, aponta.

Ainda de acordo com a publicação, “o voto pode representar um conjunto de atitudes do eleitorado alinhadas com as ações do seu líder político. Também pode refletir as medidas sanitárias inadequadas adotadas pelos governos locais onde Bolsonaro teve um grande número de votos”.

PT Nacional, com Ministério da Saúde, Agência Brasil e Correio Braziliense

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