“Vida de Sultão”. É dessa forma que reportagem do jornal El País, em março deste ano, se referiu à gastança promovida pelo deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Segundo documentos apresentado pela PGR, só em uma a viagem que Cunha e sua família fizeram a Miami, no Réveillon de 2013, foram gastos US$ 42.258, cerca de 84 mil reais na época – gastança incompatível com o salário declarado por Cunha, em 2012, no valor de R$ 17.794 por mês.
Esse montante foi gasto em apenas nove dias de estadia de Cunha e família em Miami. Almoço e jantar em restaurantes da cidade custaram nada menos que R$ 7.500. No dia 29 de dezembro, R$ 24.520 foram gastos em compras na Saks e na Salvatore Ferragamo. Em 1º de janeiro, só em uma refeição para celebrar o início de 2013 com a família no restaurante Prime Italian, Cunha gastou R$ 6 mil. No dia 2 de janeiro, Giorgio Armani e Ermenegildo Zegna foram as grifes premiadas com as compras da rica família, no valor R$ 20.504, aponta a farta documentação da PGR.
Os documentos apresentados pela PGR revelaram que Cunha e família adoram esbanjar dinheiro. De 9 a 12 de fevereiro de 2013, o destino da grana oriunda da corrupção foi Nova York. A PGR flagrou gastos de R$ 36.732 entre hotel, restaurantes e as grifes preferidas de Cunha e esposa. Entre a noite de 12 e a manhã do dia 15 de fevereiro, em Zurique (Suiça) Cunha gastou R$ 18.716. No dia 15 à noite, no restaurante Le Grand Vefour, em Paris, o gasto foi de R$ 9.984 e R$ 23.900 de hospedagem no famoso Hotel Crillon, também em Paris
Segundo o procurador Rodrigo Janot, essa vida de ostentação de Cunha foi paga com o dinheiro desviado da Petrobras. Segundo a procuradoria, os extratos das contas secretas de Cunha na Suíça demonstram “despesas completamente incompatíveis como os rendimentos lícitos declarados do denunciado e seus familiares”, em alusão ao salário de Cunha declarado em 2012.
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