Cooperativas como a do município mineiro São Roque de Minas chegaram a usar recursos próprios para manter o fluxo de financiamento para seus clientes. “Na hora da crise é que a gente tem de atender o cooperado”, afirma João Carlos Leite, presidente da entidade.
A retomada dos financiamentos por outras instituições financeiras não impediu que a carteira de crédito das cooperativas continuasse a crescer. Segundo a OCB, as operações de crédito das cooperativas somaram R$ 22,1 bilhões em junho.
Parte dessa evolução tem sido puxada pelas cooperativas de crédito de livre admissão. Essa modalidade tem um horizonte mais amplo de atendimento, pois não é obrigada a operar com um segmento específico ou um único setor da economia. Autorizadas a funcionar desde 2003, essas cooperativas até junho já somavam 164
Segundo Giusti, a “transformação” de antigas cooperativas de crédito rural em livre admissão deve fortalecer a expansão. Em 2004, havia 475 cooperativas de crédito rural no Brasil, número que se reduziu para 375 em dezembro do ano passado. “A maioria delas migrou para o ambiente de cooperativas de crédito de livre admissão, potencializando sua atuação”, explica.
As cooperativas de livre admissão administram cerca de 29% dos ativos totais do segmento – que totalizaram R$ 47,8 bilhões em junho – e respondem por 40% das operações de créditos, 40% dos depósitos e 28% do patrimônio do setor, segundo dados da OCB.
Agência Estado