Contratação de médicos estrangeiros: Governo ouviu apelo da população

Estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado em fevereiro de 2011, revelou que 60% da população aponta a falta de médicos como um dos maiores problemas do Sistema Único de Saúde (SUS). Para resolver esse gargalo, o governo tem adotado medidas que visam, além de atender a essa demanda, promover melhoria no serviço de saúde pública do País. Recentemente a presidenta Dilma Rousseff anunciou duas ações imediatas para tentar reverter a situação: contratar médicos estrangeiros para suprir emergencialmente a carência de atenção básica à saúde e ampliar o número de vagas de residência médica nos hospitais, por meio do programa “Mais Médicos”.

 

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que no último decênio o Brasil criou 146,8 mil postos de trabalho na área médica. No entanto, nesse período, apenas 93,1 mil profissionais dessa área se formaram, resultando em um déficit de 53,7 mil médicos no País. Outro levantamento, do Ministério da Saúde, mostra que o Brasil registra uma média de 1,8 médicos por mil habitantes, enquanto na Argentina e na Inglaterra esse índice atinge a casa de 3,2 e 2,7 médicos por mil habitantes, respectivamente.

 

Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o ciclo para a obtenção de médicos no Brasil é de 6 a 8 anos. “Você não sai de 1,8 para 2,7 em 10 anos, demora 20 anos, mesmo aumentando o número de vagas. A sociedade não pode esperar até que esses novos médicos estejam formados”, ponderou Padilha.

 

Em recente debate realizado pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, Alexandre Padilha apontou a falta de médicos como um dos grandes gargalos para a consolidação do SUS. “Temos um desafio crítico, que todos os sistemas públicos que foram se consolidando ao longo dos anos tiveram. Não se faz saúde sem médico perto da população, com formação de qualidade e que conheça a realidade da saúde do povo brasileiro”, alertou o ministro.

 

Os deputados petistas Amauri Teixeira (BA), Nelson Pelegrino (BA), Nazareno Fonteles (PI), Sibá Machado (AC), José Airton Cirilo (CE), Fernando Marroni (RS) e Padre João (MG) manifestaram apoio às iniciativas da presidenta Dilma. Para eles o governo ouve o apelo de grande parcela da população que sofre com a falta de atendimento desses profissionais.

 

Para Nelson Pelegrino, que preside a Comissão de Relações Exteriores da Câmara, a medida anunciada pela presidenta Dilma em relação a médico estrangeiro é pontual e temporária. Pelegrino frisou que nesse debate é importante lembrar que a inciativa do governo é de médio e longo prazo e tem como objetivo suprir o déficit que esse setor acarreta à saúde da população. “As medidas anunciadas, além de equacionar o déficit desses profissionais, vai melhorar a qualidade de saúde no Brasil”, alertou Pelegrino.

 

Já o médico e deputado Nazareno Fonteles destacou a importância do pronunciamento da presidenta Dilma à nação sobre o tema. Para ele, a fala da presidenta deixou claro esse debate e serviu para diminuir a “resistência ideológica” da comunidade médica, que, na avaliação dele, tentou influenciar a população de forma negativa.

 

Para Nazareno, a decisão do governo é oportuna e enfrenta a “força retrógada” que não tem compromisso com a atenção básica à saúde, responsável pelo cuidado da parcela mais necessitada da população. “Esse é o enfrentamento que o governo deve fazer em nome do compromisso histórico de defesa dos mais pobres deste País”. 

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