O indicador do nível de atividade da indústria da construção civil subiu de agosto para setembro, de acordo com dados divulgados na quinta-feira (24) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo a Sondagem Indústria da Construção, o indicador passou de 47 pontos para 49,7 pontos, no período, em uma escala de 0 a 100 pontos. Resultados acima de 50 indicam crescimento da atividade.
A sondagem também mostra que o nível de atividade efetivo em relação ao usual, embora ainda abaixo da linha de 50 pontos, aumentou de 43,5 pontos, em agosto, para 46 pontos em setembro.
Para a CNI, outro ponto positivo da sondagem é que a capacidade de operação aumentou de 69%, em agosto, para 70% em setembro. “Há sinais de uma tendência de melhora, indicando que o período mais negativo do ano já passou e o fim de 2013 pode voltar a mostrar crescimento na indústria da construção”, prevê a CNI.
Já a Pesquisa Nacional de Emprego, também divulgada na quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta a criação de quase 400 mil novos postos de trabalho com carteira assinada nas regiões metropolitanas das seis capitais pesquisadas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre) no período de setembro de 2012 e setembro de 2013.
No mesmo período, o rendimento real habitual dos trabalhadores ocupados cresceu em média 2,2%, chegando a R$ 1.908. A maior alta foi registrada no Rio de Janeiro (6,8%), entre as seis capitais pesquisadas, com crescimento também em Porto Alegre (3,5%), São Paulo (0,9%) e Belo Horizonte (0,5%). Salvador (-2,7%) e Recife (-0,8%) registraram queda.
O rendimento por grupamentos de atividade teve o maior aumento médio real anual nos serviços domésticos (5,1%). Já na classificação por categorias de posição na ocupação, o maior aumento no rendimento médio real habitualmente recebido se deu dentre os empregados sem carteira no setor privado: 8,4% entre setembro de 2012 e setembro de 2013.
A PNE de setembro também mostra que a taxa de desocupação de 5,4% ficou estável tanto em relação ao mês anterior, agosto de 2013 (5,3%) quanto ao mesmo período do ano passado (5,4%). A população desocupada (1,3 milhão de pessoas) também apresentou estabilidade.
Apesar dos números ascendentes na Construção Civil, a sondagem da CNI mostra que, no terceiro trimestre de 2013, os empresários do setor continuaram insatisfeitos com os lucros e a situação financeira e enfrentaram dificuldades com o crédito. O indicador de satisfação com a margem de lucro operacional ficou em 46,3 pontos, o de satisfação com a situação financeira alcançou 48,5 pontos, e o de acesso ao crédito, 41,8 pontos. Os valores abaixo de 50 indicam insatisfação com a situação financeira e com a margem de lucro e dificuldade de acesso ao crédito. Segundo a CNI, os preços dos insumos e das matérias-primas aumentaram no trimestre. O indicador ficou em 60,4 pontos, acima da linha divisória de 50 pontos, o que mostra aumento.
Mas, para os próximos seis meses, há otimismo dos empresários. Segundo a confederação, todos os indicadores de expectativas para os próximos seis meses ficaram acima dos 50 pontos. Para o nível de atividade nos próximos seis meses, o indicador aumentou de 54,2 pontos, em setembro, para 56 pontos este mês; o de novos empreendimentos e serviços subiu de 53,8 pontos para 55,9 pontos; o de compras de matérias-primas passou de 54,2 pontos para 54,7 pontos e o de evolução do número de empregados evoluiu de 52,8 pontos para 54,6 pontos.
“Há sinais de uma tendência de melhora, indicando que o período mais negativo do ano já passou e o fim de 2013 pode voltar a mostrar crescimento na indústria da construção”, destacou, em nota, a CNI.
O índice de emprego na construção também melhorou no período, ainda que tenha continuado em retratação. Em setembro, o indicador ficou em 47,8 pontos, ou seja, abaixo da linha divisória de 50 pontos. No mês anterior, o índice registrado foi de 46,3 pontos.
Com IBGE e agências online