Considerado “o Bolsa Família da saúde”, Mais Médicos é renovado por três anos

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Ao assinar a Medida Provisória que renovou o Programa Mais Médicos, nesta sexta-feira (29), no Palácio do Planalto, a presidenta Dilma Rousseff tranquilizou mais de 60 milhões de brasileiros usuários do Programa.  A medida vai garantir a permanência por até três anos de 7 mil médicos estrangeiros e brasileiros formados no exterior no programa. “Hoje, atendemos 63 milhões de pessoas, muitas das quais jamais haviam tido atendimento médico”, lembrou Dilma.

“É obrigação de um presidente eleito pela população ampliar direitos básicos, como o acesso a educação e saúde”, reconheceu a presidenta que ao renovar o Mais Médicos atende os anseios da Frente Nacional de Prefeitos e Associação Brasileira de Municípios – entidades que reconhecem os benefícios que o programa proporcionou para as cidades do interior do país e para as periferias das grandes cidades, onde havia dificuldades de atendimentos básicos de saúde.

“O Mais Médicos é o ‘Bolsa Família da saúde’. Ele garante o atendimento médico, principalmente, nos municípios mais afastados e nas regiões metropolitanas das grandes cidades”, afirmou o presidente da Associação Brasileira de Municípios, Eduardo Tadeu Pereira.

“Havia uma preocupação grande entre prefeitos e prefeitas de interrupção do atendimento. A prorrogação dos atuais contratos é a forma do governo garantir a continuação do atendimento, e que os mais pobres continuem tendo atendimento”, argumentou.

Criado em 2013, o Mais Médicos é uma das ações do Ministério da Saúde para fortalecer a atenção básica – que resolve 80% dos problemas de saúde da população e diminui a necessidade de encaminhamento a hospitais.

Dilma disse ainda que preocupação do governo, naquele momento, era reduzir o déficit de médico por habitante que no Brasil era de 1,8 médico por mil habitantes, índice inferior ao verificado nos países da América Latina como Argentina e Uruguai.  A meta do governo é atingir em 2026 o índice de 2,7 médicos por mil habitantes – mesmo índice do Reino Unido que, depois do Brasil, tem o maior sistema de saúde público de caráter universal.

Na cerimônia, a presidente voltou a atacar o processo de impeachment em andamento no Congresso Nacional, provocado por aqueles que não se conformam com a derrota eleitoral de 2016. “O processo que está em curso no Brasil tem nome e o seu nome é golpe”, denunciou. 

“A minha luta não é só para manter meu mandato, é para garantir e preservar conquistas históricas da população brasileira, como é o Mais Médicos, como é o SUS e para garantir que a democracia tenha um sentido substantivo”, observou a presidenta.

Ela chamou a atenção para os riscos que a farsa do impeachment pode causar  no ponto de vista social e politico. “Eu tenho clareza que é muito importante que a gente perceba que conquistas sociais, programas de crescimento e ferimento à democracia estão sendo praticados neste momento no Brasil”, alertou.

“Acredito que ter clareza disso é algo que nós devemos, para o presente e para o futuro, porque eu tenho certeza que a democracia será sempre o lado certo da história”, finalizou.

Benildes Rodrigues com Agências

Foto: Roberto Stuckert Filho

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