Na 18ª Conferência Internacional Anticorrupção, que ocorreu de 22 a 24 de outubro em Copenhague, na Dinamarca, 170 especialistas na área anticorrupção – de 63 países – divulgaram uma carta expressando preocupação com as ameaças à sociedade e às instituições democráticas no Brasil. A ideia do documento surgiu após ameaças a organizações da sociedade civil e movimentos sociais, proferidas durante a disputa eleitoral no País. Segundo os especialistas, a corrupção se combate com liberdade e não com perseguição às instituições da sociedade e à imprensa.
A carta expressa ainda “rejeição a qualquer tentativa de ameaçar a liberdade e a segurança da sociedade civil organizada e jornalistas investigativos ou a autonomia e legitimidade das instituições democráticas”. Além disso, o grupo destacou que a corrupção se combate com transparência e não se escondendo atrás de mentiras ou subterfúgios.
“Nos últimos anos nós assistimos com grande preocupação como governos de diferentes partes do mundo têm tomado medidas para reduzir a liberdade de expressão e as ações da sociedade civil, enfraquecendo seriamente a luta contra a corrupção e a estabilidade democrática”, afirmam.
No Brasil, até mesmo adversários políticos e o próprio Ministério Público Federal reconhecem o estímulo ao combate a corrupção durante os governos petistas de Lula e Dilma, principalmente com o fortalecimento das instituições e ações de fiscalização e controle. Nessa linha, os especialistas pedem na carta que os dois candidatos a presidente do Brasil implementem, se e quando chegarem ao poder, políticas de respeito aos cidadãos e às organizações e que avancem no combate à corrupção.
“Convocar os mesmos candidatos a se comprometerem a defender e avançar os esforços recentes das instituições e da sociedade brasileiras para combater a corrupção e acabar com a impunidade histórica dos poderosos e ricos no país, esforços reconhecidos internacionalmente como bem-sucedidos e legítimos”, declaram.
Você pode ler a íntegra em inglês aqui.
Do site do Instituto Lula
