Conferência de Comunicação: Genoino defende desmistificação de interesses

14-12-genoino-D1O deputado José Genoino (PT-SP) destacou, em pronunciamento no plenário, a realização da 1ª Conferência Nacional de Comunicação que acontece em Brasília de hoje até a próxima quinta-feira (17). Para ele, a conferência se insere no rol das grandes iniciativas do Governo Lula. No seu discurso Genoino defendeu a democratização da informação. “Democracia é a democratização da informação para construir cidadania.

 Agora, postura política, postura ideológica, postura defensora de interesse não pode se misturar com esse bem público essencial que é o bem público da informação”, disse.

O petista falou da importância da desmistificação “dessa coisa sacrossanta” que envolve os interesses nas grandes redes privadas de comunicação, “como se fosse algo intocável”.

Na avaliação do parlamentar petista, a não participação dos sindicatos das entidades patronais do setor no evento revela que elas não aceitam o debate. “Os representantes de interesses dos meios de comunicação são arrogantes, maniqueístas e prepotentes em não participar da conferência. É uma demonstração de autoritarismo e de arrogância. E, certamente não será dada grande divulgação ao evento”, previu Genoino.

Ele lembrou que os principais meios de comunicação no Brasil, os grandes grupos econômicos, exercem uma atividade empresarial que têm interesses. “E no exercício dessa atividade empresarial, em que têm interesses e lado, eles não têm neutralidade nem imparcialidade”, criticou Genoino.

Segundo o deputado, a informação é um bem público e condição essencial para o exercício da cidadania. “Não podemos confundir esse bem público com o veículo. Muitas vezes se faz essa mistura para escamotear os interesses que os veículos representam, porque eles são portadores de interesses, de valores, de posições políticas. Por isso a informação tem que ser radicalmente democrática, tem que ser livre de controle estatal, controle privado, enfim, tem que ser livre de qualquer tipo de controle”, disse.

Para o deputado, “esse processo de discutir a comunicação como esfera de uma atividade humana econômica, portadora de interesses, é fundamental, até porque nós tivemos uma época em que o predomínio da hegemonia neoliberal, dos valores neoliberais, dos conceitos neoliberais acabou impregnando, em grande parte, a maneira como a mídia reproduziu essa era e essa época”, disse. O encontro vai reunir cerca de cinco mil pessoas, do Brasil inteiro.

Equipe Informes

 

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