Comunidade Baha’i agradece Brasil por ações de direitos humanos no Irã

drRosinha_O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi homenageado neste domingo (19), no Rio de Janeiro, por representantes religiosos do Bahá’i no Brasil. A homenagem, deveu-se à intervenção de Lula, que, no seu Governo, evitou a morte de sete bahá’i, presos no Irã desde 2008.

Durante a manifestação, que reuniu cerca de 200 pessoas em Copacabana, os participantes agradeceram a Lula por ter salvado a vida do grupo de religiosos e pediram a sua libertação.

“O Brasil teve um papel muito importante para evitar que eles fossem assassinados”, disse Mary Caetana Aune-Cruz, uma das principais representantes dos bahá’i no Brasil.

Aune-Cruz disse entender o fato da presidenta Dilma Rousseff não ter recebido Shirin Ebadi, que foi advogada de defesa dos sete, na visita que a Nobel da Paz de 2003 fez ao Brasil no início do mês.

A homenagem, na avaliação do deputado Dr. Rosinha (PT-PR), representa um balde de água fria nos críticos da política externa do governo Lula e, mais recentemente, da presidenta Dilma Rousseff. “Isso é um cala boca para aqueles que dizem que o Brasil, no governo petista, não leva em consideração os direitos humanos”, disse Rosinha. Ele lembrou outros episódios, quando o ex-presidente Lula usou seu prestígio internacional para defender os direitos da pessoa humana, à exemplo da soltura de um cineasta que estava preso no Irã.

Com relação à impossibilidade da presidenta Dilma receber a advogada do grupo religioso no Brasil, o parlamentar explicou que o caso estava relacionado apenas ao grande volume de compromissos da presidenta. “A agenda de uma presidenta da República não se altera da noite para o dia. Ela chegou ao Brasil e pediu uma agenda, sem antecedência. No entanto, isso não significa que a presidenta não esteja comprometida com as questões dos direitos humanos”, destacou. Prova disso, exemplificou Rosinha, é o voto da presidenta Dilma na ONU (Organização das Nações Unidas), favorável à permanência de um observador dos direitos humanos da organização no Irã.

Os bahá’i são uma minoria religiosa perseguida pelo regime iraniano. Os sete líderes presos são acusados de conspiração contra o Estado, espionagem para Israel, blasfêmia contra o islã e “corrupção na terra”, este último punível com a pena de morte.

No protesto de domingo, foram fincadas na areia da praia 7.747 cópias de retratos de cada um dos presos. O número representa a soma dos dias em que cada um dos bahá’i passou encarcerado. Eles foram condenados a 20 anos de prisão e aguardam outros julgamentos.

Edmilson

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