Comitiva da China reúne-se com comissão de Direitos Humanos da Câmara

dutrachinesesUma delegação oficial do governo chinês, formada por especialistas em temas sociais, foi recebida na quarta-feira (18) por membros da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara de Deputados. Os dois grupos trocaram informações sobre a situação das comunidades étnicas e autóctones no Brasil e na China, assim como detalhes a respeito de ações sociais de ambos os governos voltadas para as classes menos favorecidas economicamente.

“Direitos humanos não têm fronteira. A Comissão de Direitos Humanos está de olho em tudo o que acontece pelo mundo nesse sentido e têm uma postura crítica sempre que nos deparamos com algo com o que não concordamos. Fazemos isso, mas sem nunca deixar de respeitar a autonomia dos povos”, declarou o presidente da CDHM, Domingos Dutra (PT-MA).

O sub Secretário Geral da Academia de Ciências Sociais da China e chefe da delegação, Hao Shiyuan, explicou a Dutra que na China há uma preocupação em respeitar a autonomia das etnias. Hao acrescentou que esses grupos são ao todo 56, entre os quais o majoritário é composto pelos han. No país com 1,3 bilhão de pessoas, os outros 55 povos totalizam 110 milhões de indivíduos.

O líder da missão chinesa também comentou aos deputados Arnaldo Jordy (PPS-RJ) e Padre Ton (PT-RO), que estiveram no encontro, a determinação de Pequim para investir no combate à pobreza. Lembrou que em 2003, assim que  o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou o fome zero, na China , seus líderes decidiram iniciar enfrentamento semelhante. Hoje, o país teria cerca de 128 milhões de pessoas na linha da pobreza.

O deputado Jordy recordou haver estado em dezembro do ano passado na China, a convite do governo do país asiático. “Pudemos perceber avanços do país em matéria de atenção aos menos favorecidos e recebemos informações relativas a avanços na garantia dos direitos humanos”, declarou o parlamentar.

O sub Secretário Geral da Academia de Ciências Sociais salientou que nem sempre tudo o que se fala de negativo sobre a China pode receber crédito. Nesse sentido, pediu à CDHM que se intensifique o intercâmbio de informações para que os dois países possam avançar na área de direitos humanos e tenham acesso a informações sem deturpações.

Hao Shiyuan veio acompanhado do sub-secretário-geral da Associação Budista do Tibet, Choekyi Gyaltsen Minyak; do pesquisador do Instituto de Religião Mundial da Academia de Ciências Sociais da China, Kalsang Gyal; e do pesquisador adjunto e diretor adjunto do Instituto de Etnologia e Antropologia da Academia de Ciências Sociais da China, Zha Luo.

Assessoria da CDH

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