Comissão externa sobre Petrobras é antirregimental, diz líder do governo

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Foto: Gustavo Bezerra
 
O líder do governo na Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou há pouco que o requerimento da oposição para criar comissão externa e acompanhar denúncias relacionadas à Petrobras na Holanda é antirregimental. Segundo o líder, reportagem da Folha de S. Paulo de 27 de fevereiro mostra que na Holanda o assunto não está sendo investigado.
 
Conforme o requerimento da oposição, a Holanda investiga denúncias de que a empresa SBM Offshore, com sede naquele país, teria pago propina a funcionários de petroleiras de diversos países, entre as quais a Petrobras, para conseguir contratos de locação de plataformas petrolíferas entre os anos de 2005 e 2012. O pedido é o primeiro item da pauta do Plenário hoje e contaria com o apoio de alguns parlamentares da base aliada.
 
“Não há nem apoio regimental para o pedido, e nem tampouco uma comissão externa tem poder para chegar em outro país e adentrar uma investigação que eventualmente esteja sendo feita”, afirmou Chinaglia. “Se o requerimento for aprovado, correremos o risco de a Câmara ficar no papel difícil de ter que se explicar à sociedade brasileira”, completou.
 
“Entendo que a oposição e parlamentares insatisfeitos na base queiram desgastar o governo, mas não podemos fugir à discussão de mérito do pedido”, acrescentou. Chinaglia disse ainda que poderia apoiar um convite à presidente da Petrobrás, Graça Foster, para esclarecer a questão.
 
Segundo o líder do PT, deputado Vicentinho (SP), o Regimento Interno estabelece que uma comissão externa deve cumprir a missão de representar a Câmara externamente ou assistir trabalhos externos. “Mas ela vai assistir o quê, se não tem nada lá fora?”, questionou. “Se a Câmara aprovar o pedido, esses deputados vão para a Holanda passear”, completou.
 
Por conta da insatisfação na base aliada, Chinaglia ressaltou que o governo prefere que a proposta de marco civil da internet, considerada prioritária pelo governo, não seja votada hoje. “Não podemos colocar em risco uma votação importante como essa”, disse.
 
Agência Câmara dos Deputados 

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