Comissão especial vai discutir reformulação do ensino médio brasileiro

reginaldo lopesA reformulação do ensino médio brasileiro para adequá-lo à nova realidade do País.  Esse é o desafio da comissão especial que será instalada na Câmara dos Deputados, logo após o feriado da Semana Santa.

 “Vamos promover estudos e debates para apresentarmos uma proposição capaz de mudar o ensino médio e sintonizá-lo com o novo momento que o Brasil vive, de pleno emprego”, afirmou o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), autor da iniciativa. É dele também a articulação para a criação da Frente Parlamentar pela Reformulação do Ensino Médio, que já conta com o apoio de 300 deputados e 30 senadores. A frente será formalizada no mês de abril.

         Na avaliação do deputado Reginaldo Lopes, a estrutura do ensino médio oferecido pelo poder público, atualmente, não vem produzindo resultados que possam sustentar o crescimento social e econômico do País. “Com os governos Lula e Dilma o Brasil voltou a desenvolver, gerar emprego e renda, o que exige alunos/profissionais qualificados para o mercado de trabalho. E, infelizmente, o nosso ensino médio não prepara os alunos profissionalmente. É apenas uma mera passagem para o ensino superior ou inserção, às vezes, na vida econômico-produtiva”, lamentou.

         Reginaldo Lopes defendeu uma concepção “inovadora” do ensino médio, com a formação integral do estudante, capaz de propiciar a formação geral e uma habilitação profissional. Ele elogiou a expansão do ensino técnico profissionalizante, garantidos  no governo Lula e ampliado no governo Dilma, mas ressalvou: “Agora temos no Brasil dois tipos de estudantes: Os de primeira classe, que saem das escolas técnicas federais e que ingressam logo no mercado; e os de segunda classe, que saem do ensino médio das escolas públicas estaduais e municipais. Esses têm dificuldades, tanto para ter acesso à universidade, como ao trabalho”.

          Segundo Reginaldo Lopes, apenas 10% dos estudantes que ingressam nas escolas públicas de segundo grau concluem o ciclo. “O desafio da comissão especial e da frente parlamentar será o de encontrar alternativas que torne o ensino médio atraente, um ensino que prepare o jovem para o futuro, seja no mundo acadêmico e científico, seja no mercado de trabalho”, afirmou.

         Debates – Reginaldo Lopes adiantou que a comissão especial vai envolver governadores, prefeitos, secretarias estaduais e municipais de educação, estudantes, entidades educacionais, Conselho Nacional de Educação e sociedade em geral no debate. Ele anunciou também que já procurou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, para trabalhar em sintonia com o governo federal.

 “Vamos trabalhar sem prazo determinado ouvindo todas as partes envolvidas, buscando experiências educacionais de outros países. E, com certeza, no final teremos condições de propor um novo modelo educacional para o ensino médio brasileiro”, concluiu.

Vânia Rodrigues 

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