Comissão do Senado aprova projeto para reduzir preço de combustíveis

Foto: Alessandro Dantas

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou, nesta terça-feira (7), o Projeto de Lei 1472/ 2021, de autoria do senador Rogério Carvalho (PT-SE), e relatado pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN), que cria o programa de estabilização do preço do petróleo e de derivados no Brasil.

A matéria cria diretrizes e referências para a política de preços de derivados, levando em consideração não apenas os preços internacionais, mas também os custos internos de produção, de modo a melhor refletir a realidade local.

“Mais uma vez, diante da inércia do presidente Bolsonaro, coube a essa Casa ajudar a população brasileira, que não aguenta mais tanta alta nos preços dos combustíveis e do gás de cozinha. O Governo Federal falou que não tem uma solução para o tema e solicitou uma ajuda desta casa. Sou líder da oposição e estamos aqui apresentando uma cesta de ferramentas para o governo atacar o problema e ajudar milhões de brasileiros”, afirmou o relator.

O projeto ainda cria um sistema de bandas como ferramenta de Estabilização, custeado pela criação de Imposto de Exportação sobre o petróleo bruto. “Estamos trabalhando com um tripé: estabelecimento de uma política de preços para derivados do petróleo; criação de um mecanismo de bandas para amortecimento da volatilidade temporária dos preços dos combustíveis; e apresentação de fontes de recursos suplementares extraordinariamente para assegurar o cumprimento do plano de estabilização”, explicou o relator.

A política de preços internos de venda para agentes distribuidoras e empresas comercializadoras de derivados deve pautar- se pelos interesses do consumidor e do parque de refino nacional.

Também foram criadas fontes adicionais de receitas para garantir o programa de estabilização, entre elas estão: dividendos da Petrobras devidos à União, impostos de exportação incidentes sobre o petróleo bruto e participações governamentais destinadas à União, resultantes tanto do regime de concessão quanto do regime de partilha de produção.

O preço do combustível no Brasil hoje reflete este precário equilíbrio entre “preços de mercado” da Petrobrás e dos importadores, que desconsidera totalmente a realidade brasileira. O povo não aguenta mais tanto aumento no preço dos combustíveis e do gás de cozinha. Essa foi a solução possível que conseguimos”, disse o parlamentar.

Bandas

O relator esclareceu que, conforme sua proposta, o governo será o responsável pela gestão da política de preços de combustíveis, adotando um sistema de banda para dar estabilidade aos preços dos derivados do petróleo.

Segundo ele, a proposta é uma espécie de “poupança” ou um sistema de amortização dos preços que ajudará a conter as altas nos preços do combustível no mercado nacional e minimizará os impactos da política de preço de paridade de importação (PPI), implantada no Brasil, desde 2017, no governo de Temer, e que atrelou o custo do combustível brasileiro ao valor do dólar. “Quando os preços estiverem baixos, os recursos correspondentes à diferença entre o preço de mercado e o limite inferior da banda são acumulados. Na situação contrária, quando os preços ficarem acima do limite superior da banda, os recursos são utilizados de forma a manter os preços dentro da banda”, explicou.

O procedimento para auferir a média internacional do combustível deverá adotar os seguintes critérios: custo interno de produção (inflação brasileira, taxa de juros, preço de refino e outros) e custo de importação internacional. Essa composição afasta o país da tendência atual de submeter a economia brasileira às flutuações do mercado internacional automaticamente, agravando a inflação.

Exportação

Caso os valores do barril estejam em alta no mercado, entra em campo o Imposto de Exportação, para subsidiar a estabilização dos preços e incentivar o atendimento ao mercado doméstico. Para tanto, o relator criou uma alíquota máxima de impostos de exportação sobre o petróleo bruto, que deverá ser zerada até que o valor do barril de petróleo bruto atinja US $45. Aplica-se uma alíquota mínima de 2,5% e de no máximo 7,5% quando o petróleo bruto estiver acima de US$ 45 e abaixo de US$ 85.

“Entendemos ainda que as empresas que abastecem o mercado interno devem ter tratamento diferenciado, com alíquotas menores do imposto, para estimular o refino, e o atendimento às necessidades da população brasileira”, explicou.

Caso o barril seja negociado entre US $80 e US $100, será aplicada uma alíquota mínima de 7,5 e 12,5%. Acima de US $100, o valor mínimo será de 12,5% e máximo de 20%. “A política de preços dos combustíveis no mercado interno, em especial quando se trata de um país autossuficiente em petróleo, e com significativa capacidade de refino, estará incompleta se não for dotada de uma ferramenta de estabilização. A volatilidade das cotações do petróleo, associada à variação cambial, praticamente elimina qualquer previsibilidade no preço dos combustíveis, gerando efeitos deletérios ao bom andamento da economia”, completou o senador Jean.

Tentativa de atrasar votação

A bancada governista tentou atrasar a votação da proposta na comissão com a justificativa de que seria necessária a realização de mais uma audiência pública. Mas o senador Jean Paul lembrou que na oportunidade da audiência realizada, o próprio governo admitiu não ter uma solução de curto prazo para os sucessivos aumentos dos combustíveis.

“Foi realizada audiência pública e o próprio Ministério da Economia declarou que não tinha uma solução e aguardava de nós uma solução. Há uma dicotomia entre o que pensa o Ministério de Minas e Energia e o Ministério da Economia. E eles nos instam diretamente a achar uma solução. O governo, sequer, trouxe uma sugestão para essa discussão. Então o governo não pode se beneficiar da própria omissão adiando o projeto. Isso aqui não pode esperar. Há dois anos vemos aumento de combustíveis absurdos. Nós temos que frear isso”, declarou o senador.

Para o senador Jaques Wagner (PT-BA) é fundamental que o Senado apresente uma solução consistente para a política de preços dos combustíveis no Brasil para que os empresários que dependem desse insumo possam se programar minimamente em relação aos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha.

Não há pior imposto do que o imposto da inflação. Se a cada subida e descida do dólar nós acabamos com a planilha de transportadora de logística, de transporte urbano e interestadual, não tem quem se programe, se projete. E isso prejudica a economia. É melhor ter uma regra mais perene do que ver aquela cena do presidente dizer que o combustível vai baixar e depois alguém da Petrobras vir e dizer que não vai baixar. Até para que os empresários que dependem desse insumo possam se programar”, enfatizou Wagner.

A proposta segue para análise do plenário do Senado.

PTNacional, com informações da assessoria do senador Jean Paul Prates

Está gostando do conteúdo? Compartilhe!

Postagens recentes

CADASTRE-SE PARA RECEBER MAIS INFORMAÇÕES DO PT NA CÂMARA

Veja Também

Jaya9

Mostbet

MCW

Jeetwin

Babu88

Nagad88

Betvisa

Marvelbet

Baji999

Jeetbuzz

Mostplay

Melbet

Betjili

Six6s

Krikya

Glory Casino

Betjee

Jita Ace

Crickex

Winbdt

PBC88

R777

Jitawin

Khela88

Bhaggo

jaya9

mcw

jeetwin

nagad88

betvisa

marvelbet

baji999

jeetbuzz

crickex

https://smoke.pl/wp-includes/depo10/

Depo 10 Bonus 10

Slot Bet 100

Depo 10 Bonus 10

Garansi Kekalahan 100