Comissão debate riscos de prótese de silicone

A Comissão de Seguridade Social e Família realizou nesta quinta-feira  (19) uma audiência pública para debater a utilização e processo de substituição de próteses mamárias de silicone e os ricos à saúde das brasileiras.

O Brasil tem o 2º maior mercado de implantes mamários no mundo. Dentre as marcas internacionais comercializadas a PIP (francesa) e a Rofil (holandesa) são acusadas de fazer uso de silicone inapropriado e, com isso, aumentar o risco do material extravasar ou romper e provocar problemas de saúde, segundo reportagens veiculadas na imprensa. No Brasil há 12,5 mil mulheres com implante de silicone da marca PIP.

Na reunião esteve presente o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) Dirceu Brás Barbano que afirmou  que há uma fiscalização rigorosa feita pela agência. “A Anvisa conta com uma regulamentação sanitária rigorosa que contempla amplamente todos os quesitos pertinentes ao controle de risco e segurança dos produtos comercializados no Brasil” disse.

Dirceu ainda falou que os produtos devem apresentar relatórios técnicos antes de serem comercializados e a garantiu que a Anvisa não vai deixar que aconteça o desabastecimento de próteses.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, 150 mil cirurgias são feitas por ano utilizando o silicone,  tanto estética quanto reconstrutora.

O presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Carlos Alberto Ruiz falou dos números de uso de silicone. “Cerca de 400 mil mulheres, em 65 países, usam próteses de silicone a maioria delas por razões estéticas, já no Brasil há mais de 12 mil que se concentram na região Sudeste e Sul”.

“No Brasil anualmente 50 mil novos casos de câncer de mama são detectados e 10 mil mortes ocorrem devido ao diagnóstico tardio” disse. Carlos ressaltou a importância da cirurgia reparadora imediata.

Foi ponderado ainda que a utilização de exame por ultrassonografia era ideal para detecção de alterações na mama, mas que a ressonância magnética era mais preciso.

Dirceu ressaltou que as empresas têm a responsabilidade de não deixar faltar próteses no mercado para cirurgias reparadoras e deve ser cobrado das mesmas que cumpram seu papel.

Michelle Rocha, estagiária de jornalismo.

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