O deputado Nelson Pellegrino (PT-BA), presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional (Credn) , informou que a compra que compra de aviões de caça para a Força Aérea Brasileira é uma das prioridades da agenda do colegiado. Na próxima terça-feira, 13, a Credn, em conjunto com a Comissão de Relações Exteriores do Senado, ouvirá em audiência pública o Comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, sobre a atualização da frota da FAB.
Pellegrino entende que renovar a frota nacional é importante para enfrentar os novos desafios na área de defesa, a exemplo do combate ao narcotráfico e terrorismo, a proteção do espaço aéreo e de áreas sensíveis como as do pré-sal e da Amazônia, além dos mais de 17 mil quilômetros de fronteira.
O deputado também está preocupado com a situação dos aviões destinados à defesa aérea do Centro-Oeste, baseados em Anápolis (GO) e que serão desativados em 31 de dezembro. “O encerramento do contrato de modernização dos 12 Mirage 2000 e a demora nas negociações para a aquisição dos novos aviões pode gerar prejuízos à capacidade de defesa do espaço aéreo brasileiro”, afirmou Pellegrino.
Transferência tecnológica – Nelson Pellegrino também destacou a importância estratégica do Programa FX-2 para a defesa nacional. Segundo ele, “dois critérios são fundamentais para a decisão brasileira: o acesso à tecnologia do controle das aeronaves e as parcerias que os fornecedores podem estabelecer com a indústria aeronáutica nacional”. O programa FX-2 está orçado em US$ 7 bilhões e prevê a aquisição de 36 caças. Três empresas disputam a licitação: a norte-americana Boeing, com o F-18; a sueca Saab, com o Gripen NG; e a francesa Dassault, com o Rafale.
A Credn aprovou requerimento de Pellegrino para que o ministro da Defesa, Celso Amorim, faça uma exposição sobre as diretrizes e prioridades de sua pasta para o restante do ano, e para que os membros da comissão conheçam in loco a evolução dos projetos estratégicos das Forças Armadas, incluindo a renovação da frota de caças. De acordo com o parlamentar, “o ministro poderá esclarecer o cronograma das negociações, de modo a tranquilizar o País quanto à proteção permanente do seu espaço aéreo”. A data da audiência ainda não foi marcada.
Equipe PT na Câmara