A comissão especial incumbida de analisar e apresentar alternativas à crise hídrica no País deu nesta quarta-feira (12) mais um passo para construir seu diagnóstico acerca do problema. O colegiado ouviu representantes de três estados do Sudeste acerca dos níveis dos reservatórios e das medidas que estão sendo adotadas para superar a escassez de chuvas.
Rosa Formiga, superintendente de Segurança Hídrica Secretaria do Ambiente do Rio de Janeiro, destacou que a Bacia do Paraíba do Sul, da qual o estado depende fortemente, atravessa hoje a pior estiagem dos últimos 85 anos. Nesse cenário, explicou que foi adotada uma gestão compartilhada e contínua da crise, com a implementação de várias medidas. “Numa visão de gestor, já estamos trabalhando com a perspectiva de que 2016 terá uma estação chuvosa como a de 2014, de maneira que possamos gerir da melhor forma a Bacia do Paraíba do Sul”, disse.
Maria de Fátima Coelho, diretora-geral do Instituto Mineiro de Gestão de Águas, também informou que no seu estado os últimos três períodos chuvosos (2012/2013, 2013/2014 e 2014 a 2015) apresentaram valores abaixo da média climatológica, o que exigiu a adoção de medidas de enfrentamento. Entre elas, a criação de uma força-tarefa com a finalidade de planejar e articular ações setoriais voltadas ao gerenciamento dos recursos hídricos. “Os resultados serão repassados ao governador para que ele apresente o diagnóstico à sociedade”, disse Maria de Fátima.
O relator da comissão, deputado Givaldo Vieira (PT-ES), afirmou que o colegiado planejou ouvir os representantes dos estados da região Sudeste por ela ser uma das mais afetadas pela crise hídrica. “Já tivemos oportunidade aqui de saber o volume dos reservatórios do País de uma forma geral, de ter acesso aos índices de chuvas de todo o Brasil e de ouvir alertas sobre essa situação. Nossa comissão está caminhando por esse diagnóstico para fazer indicações para superar a crise”, afirmou.
PT na Câmara
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