O aumento da taxa de desemprego no Brasil este ano fez 143 mil famílias retornarem ao Bolsa Família. A informação foi divulgada na segunda-feira (31) em reportagem do jornal Valor Econômico. Ainda, segundo a matéria, a fila de espera para entrar no programa também cresceu, chegando a 525 mil famílias que aguardam ter acesso ao benefício.
Das 143.866 famílias que retornaram ao programa neste ano, a maioria mora no Estado de São Paulo (20.458), seguido por Bahia (16.781), Minas Gerais (13.258) e Pernambuco (11.973).
O cenário de retrocesso foi reconhecido por um integrante do governo Temer. Em entrevista ao Valor, o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, explicou que a piora da economia fez com que muitas famílias retornassem ao programa.
De acordo com o IBGE, os dados de desemprego no País aumentaram 1,7% no segundo trimestre deste ano – que ficou em 13% – em relação ao ano passado, quando era de 11,3% entre abril e junho de 2016.
Para o deputado Caetano (PT-BA), “é lamentável ver o número de desempregados aumentando, ver milhares de brasileiros voltarem ao mapa da fome e, agora, 143 mil famílias retornarem ao Bolsa Família. Isso não pode continuar assim, temos que continuar a lutar, é Fora Temer e Diretas Já”, concluiu.
Em publicação no Facebook, o líder da Oposição no Senado, Humberto Costa (PT-PE), apontou os motivos do retrocesso: “a corrupção, o fracasso da política econômica e o desemprego recorde provocados por Temer levaram mais de 143 mil famílias a retornarem ao Bolsa Família neste ano. O preço do golpe fica cada vez mais evidente”, disse o parlamentar.
Layla Andrade com informações do jornal Valor Econômico