Com governo Lula, Brasil quadruplica comércio com países emergentes em 8 anos

ferro_fUm dos traços centrais da política externa do governo Lula, a ampliação das relações brasileiras com outras nações do hemisfério Sul tem enormes reflexos sobre a balança comercial e o novo papel do País no cenário global.

O indicador mais claro disso é a balança comercial. De acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, a corrente de comércio entre o Brasil e os países emergentes passou de US$ 39 bilhões em 2002– último ano do duplo mandato de FHC – – para US$ 145 bilhões em 2009 – mesmo com o impacto da crise econômica internacional no comércio mundial. No mesmo período, o fluxo de comércio entre o Brasil e os países desenvolvidos passou de US$ 67 bilhões para US$ 132 bilhões.

Para o líder da bancada petista na Câmara, deputado Fernando Ferro (PT-PE), a decisão do governo de aprofundar os vínculos com países em desenvolvimento é bastante acertada. Ele lembra que a abertura de novos mercados para as exportações brasileiras ocorreu sem prejudicar as relações com parceiros tradicionais como EUA e União Europeia, conforme atestam os números.

Com base na evolução global do comércio exterior brasileiro, Ferro rebateu as críticas da oposição à política externa do governo Lula. Ele frisa a importância estratégica da nova orientação. “Não fosse a diversificação das parcerias econômicas e comerciais adotadas desde o primeiro momento, juntamente com medidas econômicas que romperam com o receituário neoliberal do FMI, o Brasil teria ficado amargando os efeitos da crise, como ocorreu no governo FHC, diante de crises de muito menor impacto”.

O líder petista destacou que os países emergentes têm sobressaído na nova ordem mundial que se esboça. Em função dessa nova dinâmica, os países desenvolvidos iniciam uma corrida na busca de parcerias com países em desenvolvimento.

“Hoje, os emergentes são parceiros vitais dos países ricos. Essa realidade ficou comprovada durante a crise, com os emergentes mostrando sua força via integração regional, com a construção de novos e mais amplos mercados. Na nova conformação geoestratégica, esses países respondem hoje por 75% do crescimento mundial. Não é por outro motivo que os países desenvolvidos têm dispendido esforços de aproximação com os países em desenvolvimento”, explicou Ferro.

O presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara, deputado Pepe Vargas (PT-RS), também aponta a política de diversificação dos parceiros comerciais iniciada pelo governo Lula como um dos principais fatores que contribuíram para reduzir a vulnerabilidade da economia brasileira. “Isso é muito positivo porque o País ficou menos susceptível a oscilações.

Na crise econômica iniciada em 2008 , o Brasil, ao contrário dos países desenvolvidos, conseguiu manter o seu ritmo de crescimento, sem maiores prejuízos”, afirmou.

Oportunidades – Esta política, segundo o petista, é benéfica para todos os países em desenvolvimento, que ganham novas oportunidades no mercado internacional. “A diversificação de mercados é positiva, sobretudo para a constituição de um mundo multipolar. Isso gera oportunidades para os países em desenvolvimento. A perspectiva é de que esta política brasileira se consolide ainda mais em todo o mundo”, disse.

Dados – O comércio brasileiro aumentou como um todo. A diferença se ancora no ritmo desta expansão: quase 400% no caso das nações em desenvolvimento, contra 79% no grupo dos mais ricos. Mais que isso, é simbólico notar que, em 2008, pela primeira vez, o comércio com os países em desenvolvimento foi maior que o comércio com as nações mais ricas.

Com os chineses, por exemplo, o volume de comércio brasileiro passou de US$ 4 bilhões em 2002 para US$ 36 bilhões em 2009, com os asiáticos assumindo a condição de principal parceiro comercial do Brasil, posto que historicamente cabia aos Estados Unidos. No caso do Mercosul, o fluxo de comércio passou, em oito anos, de US$ 8,9 bilhões para US$ 28,9 bi.

A consolidação de novas parcerias comerciais é fruto direto das missões empresarias brasileiras ao exterior. Em viagens para 115 países (de 2003 a 2009), presidente e ministros levam, a bordo, executivos de empresas brasileiras exportadoras, que vêm consolidando negócios no exterior e ganhando peso no cenário mundial.

Leia mais em:

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Equipe Informes com Rede Brasil Atual

 

 

 

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