A presidenta legitimamente eleita, Dilma Rousseff, participou neste 1º de maio da Feira Internacional do Livro de Buenos Aires, na Argentina, onde lançou o livro “Lula: A verdade vencerá”, publicado por Clacso, Octubre, Página 12 e Boitempo Editorial. No evento, também foram lançadas as obras “Os governos do PT: um legado para o futuro”, organizado por Aloízio Mercadante e Marcelo Zero (Clacso e Fundação Perseu Abramo, em espanhol e inglês), e “Comentários a uma sentença anunciada: o caso Lula”, de Carol Proner, Gisele Cittadino, Gisele Ricobom e João Ricardo Dornelles (Clacso e Editorial Praxis).
Logo na abertura da Feira, com Dilma no palco, uma plateia com cerca de mil pessoas puxou um coro de “Lula livre”. Além de Dilma, estavam presentes figuras como o ex-presidente da Colômbia Ernesto Samper, o ex-prefeito da Cidade do México Cuauhtémoc Cárdenas, o prêmio Nobel da Paz Adolfo Perez Esquivel, entre outros intelectuais, políticos, juristas, lideranças progressistas, representantes de organismos ligados aos direitos humanos e movimentos sociais da Argentina. Mais cedo, Dilma teve um encontro com a ex-presidenta Christina Kirchner.
Durante discurso no evento organizado pelo jornal Página12, Grupo Octubre e Clacso, Dilma afirmou que Lula é vítima de prisão política e que ele retornará à Presidência da República, mesmo preso. “Lula, por ser prisioneiro político, encontra força no relacionamento com o povo brasileiro. É por isso que fazemos caravanas, cidade por cidade, que superam o silêncio sinistro da grande mídia. Uma das razões pelas quais Lula foi preso é que ele fala muito e fala criticamente. Eles punem o fato de que somos pessoas eminentemente sociais”, afirmou Dilma.
“Eu sei perfeitamente distinguir um golpe militar de um golpe judicial, parlamentar e da mídia”, disse Dilma em outra parte de seu discurso. “O golpe parlamentar também apoia os interesses econômicos, localiza os inimigos e os ataca, enquanto reduz permanentemente o poder das instituições democráticas. O impeachment era travestido de legalidade. Como se eu tivesse colocado uma tela que escondesse a natureza ilegal do processo”.
Assista ao discurso de Dilma Rousseff (a partir de 2h09m):
Fonte: Site PT, Revista Fórum, Brasil247