Com Bolsonaro, 33 milhões passam fome; renda dos mais pobres não acompanha inflação de alimentos

Foto: Fernando Madeira / Site do PT

A devastação do governo de Bolsonaro e o impacto negativo na vida dos brasileiros e brasileiras segue em curso, deixando 33 milhões de pessoas sem ter o que comer, ou vivendo de restos, ossos e da solidariedade, no casos dos moradores de rua.

Nos últimos três meses, o governo de Jair Bolsonaro (PL) vem comemorando “taxas de deflação” (quedas de preços), mas os preços alimentos e do gás de cozinha, entre outros produtos básicos para as famílias brasileiras, continuam subindo.

Em julho, de acordo com dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), dos 50 itens que tiveram aumento nos últimos 12 meses, 34 eram de alimentos, em sua maioria básicos para a alimentação dos brasileiros.

Neste mês de outubro, o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) registrou novamente aumento no preço dos alimentos e bebidas de 6,85%, e também das frutas que acumularam alta de 29,3%, e das massas que subiram 20,5% em 12 meses.

No cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Economia e Estatísticas (IBGE), o grupo Alimentação e bebidas acumula inflação de 9,54% de janeiro a setembro. É a maior alta para o período em 28 anos, revelou recentemente uma reportagem da Folha de São Paulo.

Corte de 87% do leite doado às famílias pobres

De costas para as famílias, Bolsonaro cortou 87% do leite doado aos mais pobres no interior de Minas Gerais e do Nordeste. A maldade atinge as áreas de maior grau de insegurança alimentar no país, onde estão 11 milhões de pessoas.

Conhecido como “programa do leite”, a ação é resultado do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA), que Bolsonaro “rebatizou” de Alimenta Brasil. Em sua origem, o programa definiu como objetivo atender famílias em situação de extrema pobreza.

O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) foi criado pelo art. 19 da Lei nº 10.696, de 02 de julho de 2003, primeiro ano do governo Lula. No âmbito do programa Fome Zero, nasceu com as finalidades básicas de promover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar.

A desumanidade do governo Bolsonaro atinge em especial às crianças, prejudicando seu processo de crescimento. O crime contra as crianças se soma ao corte de 97% no orçamento das creches, deixando as crianças a bolacha e suco em pó.

Bolacha e suco de pó na merenda escolar

Não bastasse a retirada do leite de quem mais precisa, Bolsonaro tirou da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023 a atualização dos valores da merenda escolar a serem repassados pelo governo federal aos estados e municípios.

Detalhe: esses valores não são corrigidos desde 2017. Assim, o ex-capitão quer terminar o mandato sem fazer uma só correção.

Da Redação da Agência PT com informações da CUT e Folha de S. Paulo

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