As vendas no varejo brasileiro cresceram 0,9% em novembro, na comparação com outubro, informou nesta quarta-feira (14) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi impulsionado pelas vendas de Natal e veio acima do esperado, registrando o quarto mês seguido de alta.
De acordo com os dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), houve avanço de 1% na comparação com o igual mês de 2013. Em 12 meses, o crescimento foi de 2,6%. As vendas no varejo acumularam alta de 2,4% de janeiro a novembro de 2014. Os números ficaram acima das expectativas do mercado, que giraram em torno de um avanço de 0,2% na comparação mensal e até mesmo de uma queda entre 1,30% e 0,35% na comparação anual.
Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividades de material de construção e de veículos, as vendas subiram 1,2% em novembro em relação a outubro, na série com ajuste sazonal (excluindo fatores temporários).
Setores – A maior contribuição para o resultado interanual positivo do varejo, em novembro, foi a de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, em função do aumento 9,3% no volume de vendas sobre novembro de 2013. “Por englobar lojas de departamentos, joalheria, artigos esportivos e brinquedos, segmentos bastante sensíveis ao movimento natalino, seu desempenho indica antecipações de compra, especialmente artigos de enfeites para o Natal, fato já observado em anos anteriores”, comentou o IBGE.
Nos indicadores acumulados, a taxa para os primeiros 11 meses do ano foi de 7,8% e para os últimos 12 meses, de 8,2%. “Esses resultados, que superam a taxa geral do setor, devem-se, em certa medida, ao aumento da massa de rendimentos médio real habitual dos ocupados (3,0% sobre novembro de 2013, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego, do IBGE) e ao crédito, em que pese seu ritmo decrescente de expansão”, destacou o IBGE.
Atividades – Em relação ao mês anterior de outubro, na série com ajuste sazonal, sete das dez atividades pesquisadas registraram resultados positivos no volume de vendas em novembro, com destaque para o segmento de Livros, jornais, revistas e papelarias, com variação de 9,6%; seguido por Veículos e motos, partes e peças (5,5%); Móveis e eletrodomésticos (5,4%); Equipamentos de escritório, informática e comunicação (4,9%); Tecidos, vestuário e calçados (3,4%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,7%); e Material de construção (0,4%).
Apresentaram reduções no volume de vendas Combustíveis e lubrificantes (-0,2%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-0,3%); e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,8%).
Estados – Das 27 unidades da federação, 23 apresentaram resultados positivos na comparação entre novembro de 2014 e novembro de 2013, quanto ao volume de vendas. Os principais avanços ocorreram em Roraima (18,4%), Amapá (17,3%), Acre (9,4%), Rondônia (9,2%), e Tocantins (5,4%).
Os resultados negativos foram verificados em São Paulo (-0,3%), Espírito Santo (-1,3%), Mato Grosso (-1,9%) e Distrito Federal (-2,7%). Quanto à participação na composição da taxa do comércio varejista, os destaques foram, pela ordem, Minas Gerais (2,0%), Ceará (4,7%), Rio de Janeiro (1,2%), Bahia (2,6%) e Pernambuco (2,7%).
Em relação ao varejo ampliado, 16 estados registraram variações positivas em relação a novembro do ano passado. As maiores taxas foram Roraima (15,8%), Tocantins (15,5%), Amapá (9,8%), Pará (5,5%) e Acre (4,7%).
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