A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) afirmou, em nota divulgada após reunião do Conselho Episcopal Pastoral, na última quarta-feira (19), que a reforma política é uma urgência inadiável, e que vai se empenhar ainda mais na coleta de assinaturas pelo “Projeto de Lei de Iniciativa Popular proposto pela Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas”.
A iniciativa, que reúne, além da CNBB, mais cem entidades, defende a adoção do financiamento democrático nas campanhas, eleições proporcionais em dois turnos, paridade de gênero e o fortalecimento de mecanismos de democracia direta. Segundo a nota, os desvios encontrados na Petrobras são consequências claras do financiamento empresarial.
“Nenhum país prospera com corrupção que, no caso do Brasil, lamentavelmente já vem de muitos anos e não se limita à Petrobras. A reforma política é outra urgência inadiável”, afirmou o texto. Para os bispos, as reformas tributária e agrária são igualmente urgentes para o País. “O Brasil não pode mais conviver com tanta omissão em relação a estas e outras matérias que lhe são vitais”.
Eleições – A nota da CNBB ainda afirma que a campanha eleitoral deste ano “ratificou o processo democrático brasileiro, no qual partidos, candidatos e eleitores puderam debater suas ideias e projetos”. Para a entidade, passada a eleição, o momento é de “recompor sua unidade no respeito às diferenças e à pluralidade, próprios da democracia”.
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