Classe trabalhadora poderá voltar à barbárie

A resistência ao desmonte das conquistas dos trabalhadores contida na proposta de Reforma Trabalhista (PL6787/16) do governo ilegítimo de Michel Temer marcou a atuação dos parlamentares da bancada do Partido dos Trabalhadores que se revezaram, em plenário, denunciando o massacre na vida de milhões de trabalhadores.

“A CLT significou, na história do Brasil, um pacto civilizatório entre capital e trabalho, que esta Casa está se propondo a destruir, caso aprove esse projeto de lei”, alertou o deputado Wadih Damous (PT-RJ). Para ele, a proposta, caso se transforme em lei, “significará levar a classe trabalhadora brasileira à barbárie, ao século IXX”.

Em seu pronunciamento, o deputado Robinson Almeida (PT-BA) disse que o relatório do tucano Rogério Marinho, aprovado na comissão especial, “é um atentado às garantias que existem hoje no texto normativo e que asseguram a possibilidade de se ter hora extra, décimo terceiro, férias, licença remunerada, e tantos outros direitos conquistados na última década”.

O deputado Leonardo Monteiro (PT-MG) reiterou o fato de o governo golpista não ter legitimidade para promover nenhuma mudança no país. “Nós não podemos votar este absurdo aqui porque este absurdo, que este Governo sem voto nos apresenta, sem dúvida nenhuma, prejudica e desorganiza toda a relação do capital e do trabalho no nosso País. Portanto, a nossa posição é contrária”, afirmou.

Já o deputado Assis Carvalho (PT-PI) chamou a atenção para a adesão de setores da Igreja Católica contrários às reformas. “Quero parabenizar os bispos e os pastores do meu País que ainda acreditam nesta Nação e que se manifestam publicamente contra as reformas criminosas, aquelas que revogam a Lei Áurea, como foi a terceirização, ou a reforma Trabalhista que promove a liquidação da CLT”.

Na sua fala, o deputado Luiz Couto (PT-PB) conclamou o povo brasileiro a se manifestar diante da barbárie que as propostas causam à vida da população. “Convoco os brasileiros para paralisarem no dia 28. O dia 28 vai ser o dia da maior paralisação nacional e do maior Fora Temer e Fora Golpistas já vistos no Brasil. Vamos lutar pelos nossos direitos na rua. A democracia só foi ferida, mas nunca morreu, pois, o povo é o executor da participação popular”, lembrou o petista.

Benildes Rodrigues

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