Chinaglia rebate oposição e defende plano do governo Lula para banda larga

18-05-10-chinaglia-D1O líder em exercício da bancada do PT na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), destacou ontem  a importância da decisão do governo Lula de resgatar a Telebrás e garantir o acesso à banda larga a 40 milhões de famílias brasileiras atualmente à margem do sistema, em razão das altas tarifas cobras pelas empresas privadas.

Ele rebateu críticas da oposição à política do governo Lula de reforço à atuação do Estado em áreas estratégicas, como a de telecomunicações, que será fortalecida com a retomada da Telebrás.

O petista salientou que o modelo legado por FHC deixou o acesso à internet no Brasil com um dos preços mais altos do planeta. As empresas telefônicas privadas cobram, hoje, em média, R$ 96 por mês pelo acesso à banda larga. Com o Plano Nacional de Banda Larga do governo Lula, daqui a quatro anos o serviço poderá ser acessado por R$ 35, observou Chinaglia.

Além disso, Chinaglia observou que as empresas do setor têm interesse em atuar apenas em 148 municípios. Mas, com a Telebrás, o governo permitirá a democratização do acesso à internet de banda larga, alcançando um índice de acesso equiparável a de países como o Japão, um dos países líderes no setor. “Estamos falando da implantação da banda larga em 4.278 Municípios, e não apenas em 148”, disse.

“Vamos usar o braço do Estado para proteger os mais fracos e até distribuir renda”, afirmou. “Não se trata de um debate apenas ideológico e político, se trata, sim, de uma concepção de País, onde queremos que o Estado seja a voz também dos mais fracos para que o Brasil, de fato, no século XXI, entre na era do conhecimento”.

O parlamentar frisou a importância de o governo Lula ter resgatado a capacidade de planejamento do Estado brasileiro. Ele recordou que essa prerrogativa estratégica foi abandonada pelo governo FHC (1995-2002), em nome do livre mercado. “Não há nenhuma família e nenhuma empresa brasileira que não planeje sua atividade. Como é que passamos 8 anos sob a égide do discurso de que o mercado dá conta de conduzir a Nação?”, indagou Chinaglia.

Ele questionou também o processo de privatização das telecomunicações feito pelo governo FHC, que deixou, num primeiro momento, até o tráfego de dados militares nas mãos de empresas que foram adquiridas por estrangeiros.

Chinaglia citou também o enfrentamento aos reflexos da crise econômica mundial iniciada em 2008, nos países centrais. “Se tivesse acontecido aquilo que era apregoado, de que o mercado resolveria o problema, evidentemente que não teríamos tido aqui a ação decisiva da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e do BNDES, que fizeram com que durante a crise fosse disponibilizado mais crédito do que todos os bancos juntos disponibilizavam antes da crise”, disse o parlamentar.

Chinaglia criticou também a subserviência do PSDB e DEM aos estrangeiros, tanto que um chanceler do governo FHC ” foi obrigado, e aceitou, a tirar os sapatos para entrar nos Estados Unidos”.

Equipe Informes

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