A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) vai ter de explicar para os integrantes da Comissão de Minas e Energia da Câmara as informações distorcidas veiculadas em propaganda institucional. O requerimento para ouvir o presidente da companhia foi aprovado nesta quarta-feira (14) e é de autoria dos deputados Weliton Prado (PT-MG) e Carlos Zarattini (PT-SP).
Segundo Weliton Prado, propaganda institucional veiculada em Minas Gerais atribuía ao governo federal a responsabilidade pelo aumento no percentual de reajuste da tarifa de energia o que, na sua avaliação, não passa de disputa política.
Segundo o deputado, a Cemig pleiteou junto à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) um aumento de 29,74% nas tarifas de energia elétrica. No entanto, explicou, a Aneel autorizou um índice de 14,24%, bem abaixo daquele reivindicado pela empresa mineira.
“A Cemig distorceu a informação ao responsabilizar o governo federal pelo reajuste na conta de luz. É importante a companhia esclarecer essa divulgação, que fere o direito do consumidor”, alertou Weliton Prado.
Ele disse ainda que a companhia poderia não aplicar reajuste nas tarifas de energia se assim o desejasse. Ele explicou também que a prerrogativa de aumento ou não nas tarifas de luz, é exclusiva da Cemig.
Desmentido – Weliton Prado relatou que o comercial: “A tarifa da Cemig não é decidida pela Cemig. Quem define é um órgão do governo federal, a Aneel, que fica lá em Brasília”, foi desmentido pela Aneel.
“Após as denúncias, a Agência divulgou um vídeo desmentido as informações da Cemig. A companhia retirou a propaganda do ar, assumindo assim, o erro”, salientou Weliton Prado.
Benildes Rodrigues