O deputado federal Celso Pansera filiou-se hoje (6) ao Partido dos Trabalhadores, em cerimônia realizada na Liderança do Partido na Câmara dos Deputados. Ex-integrante do PMDB/RJ e ex-ministro da Ciência e Tecnologia e Inovação do governo legítimo Dilma Rousseff, Pansera tem uma longa trajetória de luta em defesa da soberania nacional, da democracia e dos direitos dos trabalhadores. “É um reforço em nossas trincheiras na luta contra o golpe, os retrocessos e na defesa da democracia e do ex-presidente Lula”, disse o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS).
A cerimônia de filiação ocorreu na Liderança do Partido na Câmara, com a presença da presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), de parlamentares petistas, do presidente da agremiação no Rio de Janeiro, Washington Luiz Cardoso Siqueira, conhecido como Washington Quaquá, e dirigentes estaduais.
Segundo Pansera, a decisão de retornar ao PT, ao qual foi filiado até 1992, foi tomada após profunda reflexão. “Foi uma clara opção política e ideológica, uma escolha por um modelo de sociedade que queremos, democrática, desenvolvida justa e solidária”. Ele observou que o conteúdo programático do PT vai ao encontro de seus ideais.
Destacou também a importância de se fortalecer, neste momento, as trincheiras da esquerda, que vem sendo atacada diuturnamente pelas forças reacionárias que conquistaram o poder a partir do golpe de 2016. Segundo ele, é necessária uma união da esquerda e das forças progressistas em defesa da Constituição e da democracia, resistindo contra todos os retrocessos patrocinados pelo presidente usurpador Michel Temer.
Nascido em São Valentim (RS), Pansera é um dos seis filhos de agricultores. Na escola, destacou-se na militância estudantil e elegeu-se secretário-geral da União Nacional dos Estudantes (UNE). Aos 26 anos, foi para o Rio. Foi filiado ao PT, que deixou em 1992, quando entrou no PSTU, do qual se desligou em 2001. Ele votou contra a cassação do mandato da presidenta Dilma e votou favoravelmente às duas denúncias da Procuradoria-Geral da República contra Temer.
Para ele, o PMDB mudou radicalmente, saindo das origens de centro-esquerda democrática para assumir, com o golpe de Temer, uma agenda neoliberal e de direita, não havendo mais, portanto, condições para que permanecesse no partido.
Foto: Gustavo Bezerra/PTnaCâmara