Quais os impactos negativos causados pelas mudanças climáticas sobre os direitos humanos e o que pode ser feito para evitar isso? Esta é uma das questões discutidas por um grupo de trinta crianças, de várias regiões do Brasil, durante o encontro “Mudanças Climáticas: nossa vida está em jogo”, realizado na capital federal entre segunda-feira e terça-feira.
O encontro ocorreu em paralelo à Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 16) e foi organizado pela Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), em parceria com diversas entidades e movimentos sociais.
As crianças participantes tem entre 12 e 16 anos e fazem parte de famílias de comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas, camponeses sem terra, habitantes do semiárido, de grandes cidades, do Cerrado e da Amazônia.
Na tarde desta quarta-feira (8) a Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados receberá a visita do grupo, que terá oportunidade de apresentar a carta elaborada como produto final do encontro.
A visita e a leitura da carta ocorrerá justamente antes da audiência pública para lançamento dos relatórios 2010 do projeto Relatores Nacionais DHESCA, marcada para ter início às 14h, no Plenário Adão Pretto (9), Anexo 2 da Câmara.
As atividades poderão ser acompanhadas ao vivo pela Internet, através do sistema WebCâmara: www.camara.gov.br/webcamara
Durante a manhã de hoje as criança acompanharão a reunião ordinária da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, onde também divulgarão a carta do encontro, e terão uma conversa com o deputado Pedro Wilson (PT-GO), membro da CDHM, sobre direitos humanos e meio ambiente, além de fazerem uma visita guiada pelo Congresso Nacional.
Jogo educativo – Um outro resultado do projeto da CESE é o jogo educativo que também leva o nome do encontro: “Mudanças Climáticas: Nossa vida está em Jogo”. Segundo Adriano Martins, assessor de projetos da CESE, a proposta é estimular o debate do tema entre as crianças. “O jogo é uma forma lúdica de inserir os assunto relacionados às mudanças climáticas na pauta de conversas de crianças e adolescentes”, explica Martins.
Confira as entidades participantes do projeto:
Grupo Cultural Afroreggae – Crianças e adolescentes da periferia do Rio de Janeiro
INESC – Projeto Criança no Parlamento
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) – Trabalho com os sem terrinha
CIR (Conselho Indígena de Roraima) – Escola indígena da Reserva Raposa Serra do Sol
APOINME (Articulação dos Povos Indígenas do NE, MG e ES) – Trabalho com adolescentes do povo Pitaguari
CPI (Comissão Pró-Índio de SP) – adolescentes Aldeia Guarani em São Paulo
CAA-NM (Centro de Agricultura do Norte de Minas) – Adolescentes da Escola Geraizeira da Reserva Extrativista da Fazenda Tapera
MOC (Movimento de Organização Comunitária) – Adolescentes do semi-árido da Bahia, que participaram do intercâmbio das Águas em 2009
Articulação Puxirão – Crianças e adolescentes de Comunidades Tradicionais (pescadores e quilombolas) do sul do Brasil
CAJU (Casa da Juventude) Goiânia; Escola Ambiental Padre Lancísio – Silvânia(GO)
Assessoria da Comissão
