Foto: Marcelo Camargo
Neste ano, o Brasil registrou 556 mil casos de Dengue, redução de 61% em relação a 2013. Todas as regiões apresentaram redução, com destaque para o Sudeste, com 67% de queda. Os óbitos também apresentaram diminuição: 41% a menos que 2014. O índice de internação também apresentou redução significativa. Até setembro deste ano foram 30,7 mil internações. A diminuição, segundo o Ministério da Saúde, pode estar relacionada à detecção precoce da doença e correta classificação de risco.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, convocou a população para o Dia D de combate à dengue e afirmou que a mobilização da população é fundamental para reduzir cada vez mais as notificações, casos e óbitos por dengue.
“Os resultados desse ano foram expressivos e também servem como referência para continuarmos evoluindo em 2015. Para isso, vamos fazer uma grande mobilização no dia 6 de dezembro, que o ‘Dia D’, o dia de enfrentamento e da prevenção da dengue em todo o País, quando nós vamos mobilizar as autoridades públicas, os trabalhadores da saúde e, principalmente, as famílias para que cada uma cuide da sua casa, uma tarefa para o ano inteiro. Essa é a única maneira de a gente poder continuar obtendo resultados como nós conseguimos esse ano”, analisou. Segundo o MS, 80% dos criadouros estão nas residências.
A boa notícia não significa menor vigilância por parte do governo. O combate aos criadouros do mosquito Aedes Aegypti continua em todo o Brasil. A pasta lançou, nesta manhã (4), a campanha nacional de prevenção da Dengue e da Chikungunya, doença que também é transmitida pelo mosquito.
“Onde tem mosquito transmissor da dengue também é possível ter casos de Chikungunya”, explica o secretário de vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.
Ele explica que a vigilância deve permanecer, já que são as duas doenças são semelhantes e a prevenção é a mesma. Por isso o slogan da campanha diz que “o perigo aumentou”, referindo-se à Chikungunya.
Segundo Barbosa, até outubro deste ano, o Ministério da Saúde registrou 824 casos de Chikungunya no Brasil. Sendo 39 de pessoas que viajaram para países com transmissão. As cidades com maior número de casos foram Feira de Santana (BA), com 371 casos e Oiapoque (AP), registrando 330 casos. Em Riachão de Jacuípe (BA), foram 82 diagnosticados.
Desde que foram confirmados casos da doença no Caribe, no final de 2013, o Ministério elaborou um plano nacional de contingência da doença. Foram enviadas equipes para os estados mais afetados e intensificação de testes em laboratório.
Os sintomas da Chikungunya são febre alta, dor muscular e nas articulações, cefaleia e exantema e costumam durar de três a 10 dias. Assim como a dengue, não existe tratamento específico para a doença. Consiste basicamente de uso de analgésicos, repouso e hidratação. A letalidade da doença é rara, menor que nos casos da Dengue.
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