O deputado Amauri Teixeira (PT-BA) registrou na tribuna, nesta quinta-feira (5), matéria da Agência Brasil sobre a comissão de alto nível da Bolívia que virá ao Brasil tratar da questão do senador boliviano Roger Pinto Molina. O parlamentar estava asilado na embaixada brasileira em La Paz e foi retirado da Bolívia sem o consentimento do governo daquele país. O senador é opositor do governo boliviano.
“A matéria, publicada ontem (4), afirma que a Bolívia apresentará documentos que comprovam denúncias de desvios de recursos públicos e corrupção contra Molina”, enfatizou Teixeira. O deputado acrescentou que “Molina não é asilado político, mas um condenado penal na Bolívia”.
Uma comissão de alto nível da Bolívia desembarca no Brasil até esta sexta-feira (6). Segundo o vice-ministro do Interior da Bolívia, Jorge Pérez, a delegação vai apresentar uma série de documentos comprovando as denúncias contra o senador de oposição Roger Pinto Molina. O governo do Presidente Evo Morales diz que o parlamentar “é um delinquente comum”. O senador nega as acusações relativas a desvios de recursos públicos e corrupção. No total, são mais de 20 processos, informou Jorge Pérez.
A missão de alto nível que desembarcará em Brasília é formada pelo pelos ministros Carlos Romero (Casa Civil), Nardi Suxo (Transparência Institucional e Luta contra a Corrupção), Cecilia Ayllón (Justiça) e integrantes do Ministério Público.
O senador Pinto Molina passou os últimos dias em uma fazenda em Goiás, nos arredores de Brasília. Na terça-feira (3), ele adiou sua ida ao Congresso Nacional para prestar esclarecimentos sobre o episódio.
Pinto Molina foi retirado da Bolívia em uma operação organizada pelo encarregado de Negócio do Brasil em La Paz, o diplomata Eduardo Saboia, que desencadeou uma crise diplomática. O então chanceler Antonio Patriota foi substituído por Luiz Alberto Figueiredo Machado.
Vânia Rodrigues
Foto: Gustavo Bezerra