Candidatura de Dilma é marco para o país, dizem deputadas

05-03-10-dilmaA candidatura da ministra Dilma Rousseff à Presidência da República é significativa para parlamentares femininas e para as mulheres em todo o país, e pode dar início a uma nova realidade política.

 A avaliação é de deputadas da bancada feminina do PT, para quem o desafio que está colocado agora é o de elevar a participação das mulheres na vida politica do Brasil nos próximos anos.

Segundo as parlamentares, contribui para essa análise “o fato de termos uma candidata mulher como a ministra Dilma, pelo perfil dela, pela sua trajetória, pelo compromisso com a democracia, com as lutas sociais e as lutas populares”, destacou a deputada Fátima Bezerra (PT-RN). Segundo ela, 2010 é um ano simbólico porque a disputa presidencial em curso não é uma disputa qualquer. “Uma eleição num país como Brasil, que hoje ocupa um lugar de muito destaque no cenário internacional, não mexe somente com os corações e mentes dos 190 milhões de brasileiros. Mexe com o mundo, com a realidade lá fora. E acho que, nesse sentido, as mulheres estão sendo convocadas e convidadas a participar dessa grande mobilização, a refletir com muito cuidado, porque queremos avanços”, defendeu.

Para as deputadas petistas, a candidatura da ministra Dilma expressa não só a defesa e a continuidade do projeto popular bem-sucedido do governo Lula como também a possibilidade de avançar na questão das políticas públicas voltadas para as mulheres.

“Precisamos consolidar as estruturas de gestão voltadas para a políticas de promoção dos interesses das mulheres. Por que não mais mulheres candidatas a deputadas estaduais, deputadas federais, governadoras? Temos de criar um movimento tendo já como símbolo, como ícone, a própria candidatura da ministra Dilma Rousseff”, afirmou Fátima Bezerra.

Cultura – A deputada Maria do Rosário (PT-RS) destacou que a ministra Dilma á a primeira mulher candidata à Presidência da República com chances objetivas e concretas de vencer as eleições. “E nós vamos trabalhar muito por isso. Tanto pelo projeto político que ela representa como pela quebra de toda uma estrutura cultural que vai olhar para o poder com outros olhos – porque os olhos do poder também serão outros, serão os olhos de uma mulher”, disse.

Para Maria do Rosário, é interessante observar que seja o Poder Executivo, “mais conservador, mais tradicional do que o Poder Legislativo, que esteja rompendo essa barreira (de mais participação feminina na política) antes mesmo de o Legislativo ter avançado para patamares mais relevantes de presença feminina dentro do plenário e nos cargos dirigentes da Mesa”, disse.

A participação feminina no Congresso hoje é de menos de 10%. “Somos, na verdade, 8,5% dos parlamentares, o que é, entre todos os Parlamentos do mundo, um marco muito negativo para o Brasil. Em termos mundiais nós nos assemelhamos a países onde mulheres estão vestidas com uma burka (vestimenta que esconde o corpo). E nós não usamos burka no Brasil, mas ainda usamos o preconceito”, acrescentou Maria do Rosário.

Gabriela Mascarenhas

 

 

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