O plenário da Câmara aprovou nesta quarta-feira (5) a medida provisória (MP 539/11), que institui a cobrança de IOF sobre operações de contratos de derivativos vinculados à taxa de câmbio do dólar , com o objetivo de controlar a especulação com o dólar. A medida integra o Plano Brasil Maior, de incentivo à indústria nacional. A matéria segue para análise do Senado.
O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Paulo Teixeira (SP) elogiou a aprovação da medida e afirmou que ela foi editada com o objetivo de garantir que o Real não diminuísse a patamares “inaceitáveis” para a economia brasileira. “No mês de julho o Real estava a 1,50 e vinha sofrendo um forte ataque especulativo com o objetivo de ter altos ganhos. Naquele momento, o governo editou a MP para que o Real não derretesse diante desse processo violento de entrada de capitais. Essa MP foi editada na proteção da economia brasileira, da moeda brasileira, do mercado exportador, e, portanto, na proteção do mercado agrícola”, ressaltou.
Paulo Teixeira criticou a oposição por tentar confundir a opinião pública sobre a MP. “O que o exportador brasileiro faria com o seu produto se o Real valesse um dólar? Nada! O exportador de carne, de soja, de commodities minerais, estaria liquidado diante do seu negócio de exportação. Então, foi nesse contexto que o governo editou essa medida. E não vejo essa reflexão na oposição, que precisa fazer esse debate sob pena de querer confundir os atores. De um lado, estava o exportador brasileiro e do outro o especulador”, ressaltou.
“O governo da presidenta Dilma agiu corretamente e atuou na proteção da moeda e do exportador brasileiro e contra uma força especulativa que tem a capacidade e a potência de destruir países, como fez no mercado asiático nas crises da década de 90. O governo Dilma atuou de maneira célere, competente e com autoridade para evitar que a moeda brasileira sofresse um desmanche, fosse derretendo naquele momento “, disse o líder petista.
Gizele Benitz
