Os deputados aprovaram nesta quarta-feira (12), em sessão do Congresso Nacional, a proposta do Poder Executivo (PLN 17/20), que abre crédito suplementar de R$ 616 milhões para três ministérios. Desse total, R$ 410 milhões servirão para ações das Forças Armadas no combate a crimes ambientais na Amazônia Legal. O projeto ainda precisa ser aprovado pelo Senado.
O deputado Nilto Tatto (PT-SP) encaminhou o voto o PT encaminha o voto favorável da bancada e aproveitou para denunciar o desmonte de todo o sistema ambiental do programa de controle de desmatamento na Amazônia. “O governo persegue os servidores e desmonta o Ibama, o ICMBIO, a Funai e o Incra. Os desmontes do governo Bolsonaro e de seu (des)ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, provocam o recorde de queimadas e de desmatamento e, em consequência, o aumento da violência, assassinatos e contaminação pela Covid-19”, criticou.
Nilto Tatto lamentou ainda a Câmara não ter conseguido acordo para a derrubada do veto nº 61, referente aos objetivos do desenvolvimento sustentável no PPA 2020-2023, na sessão realizada hoje. “Era uma simples orientação no PPA para o governo elaborar os orçamentos anuais na busca da implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Lembro que o Brasil é signatário do acordo internacional sobre os ODS, que dialogam com a nossa Constituição”, enfatizou.
O deputado ainda criticou a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) executada pelas Forças Armadas na Amazônia. “Essa é uma operação para inglês ver”, ironizou o deputado, se referindo ao aumento do desmatamento na Amazônia.
O líder da Minoria no Congresso, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), destacou que os partidos da Oposição apoiavam a destinação demais de R$ 400 milhões para o combate aos crimes ambientais na Amazônia, porque a proteção do meio ambiente é uma preocupação central da Esquerda. “Esperamos que o governo faça bom uso desse dinheiro”, conclui.
Vânia Rodrigues